Coluna “vamos nos divertir” – Por chico lelis

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Focus, 15% mais barato para quem já tem um

Se você comprou um  Focus 2014/2015 e vê, com uma certa bronca, meses depois a Ford lançar um modelo renovado, com muitas mudanças mecânicas e de design, não perca a calma. Para aplacar a ira a este consumidor, a marca resolveu criar um incentivo e vai dar 15% de desconto, sobre o preço de tabela, para os proprietários do modelos anterior. Basta ir ao concessionário da marca, mostrar o documento do veículo, escolher seu Focus novo e ganhar o desconto. Assim, o modelo mais caro, o Titanium Plus 2.0 AT, com pacote completo, sai por R$ 81.515, contra os R$ 95.900 do preço de tabela. Outro atrativo: o dono do modelo 14/15, terá, até o final de julho, prioridade na pré-compra do carro e também no recebimento do Focus 2016.

Os R$ 14.385 serão suficientes para pagar licenciamento, seguro (R$ 3.145) feito na seguradora da marca e ainda sobra um bom troco para aproveitar o carro novo e viajar com a família. O lançamento do Focus nesta semana foi apenas da versão hatch, mas a oferta para proprietários do modelo anterior vale também para quem tem um sedã e versões mais baratas, como o Focus SE Plus 1.6, que custa R$ 71.900 e tem desconto de aproximadamente R$ 10 mil. As vendas para o consumidor que não tem o Focus 14/15, só começará em agosto.

O carro ficou muito bonito, com a grade trapezoidal que se tornou o DNA da marca, o design ganhou mais esportividade, com novos conjuntos óticos dianteiros e traseiros. Ele oferece 4 opções. De entrada, o SE 1.6, com preço determinado de R$ 69.900 (lembrem-se do desconto de 15%). A seguinte SE Plus 1.6, com câmbio manual de cinco velocidades; com o mesmo conjunto de tração, acrescido bancos revestidos em couro, airbags laterais, entre outros equipamentos, o preço sobe para R$ 71.900 (desconto aqui também). O Focus SE Plus 2.0 AT, chegará ao mercado por R$ 78.900 (com desconto de quase R$ 12 mil da promoção), com motor 2.00, transmissão automática de 6 velocidades e “borboletas” no volante para troca manual de marchas.

Enquanto isso, a Titanium 2.0 AT, estará à venda por R$ 86.900 em agosto e a partir de agora, até o final de julho, para proprietários dos modelos 204/2105, que pagarão cerca de R$ 13 mil menos. Por fim o super completo Focus Titanium Plus 2.0 AT (completo até no nome, não é?), custará R$ 95.900 para os mortais. Em todas as versões, nada de tanquinho na partida a frio. E também o  Advance Trac, com controle eletrônico de estabilidade e tração, sistema de estabilidade preventivo, assistente de partida em rampa, controle de torque em curvas e aviso de pressão baixa dos pneus.

 

Focus 3

 

No sistema de entretenimento, pode contar com todas as modernidades atuais, claro dependendo da versão escolhida. Depois motores equipam o Focus 2016. O 1.6 Sigma Flex, com 135 cv  (etanol) e 131 (gasolina) e o Direct Flex, 178 cv e 175, respectivamente. Um sistema que aparece na versão top é o assistente de frenagem autônomo. Se motorista, no transito da cidade, se distrair e estiver até 20 km/h, sem pedir licença ele breca o carro evitando a colisão com o carro da frente. Mas se estiver acima dos 20 , até 50 km, ele não para o carro mas diminui a velocidade, tornando menor o estrago.Esta versão também é equipada com sistema de estacionamento automático de segunda geração, para vagas paralelas, encontradas nas vias e para as de shoppings, perpendiculares.

 

Pequenos para gente grande

Se você tem por ai 1,80m de altura, ou mais, não se deixe levar por aqueles que falam mal dos nossos compactos. Muita gente diz que neles não dá para dirigir direito, que não tem espaço para as pernas, muito apertado etc. Pois bem, antes de se recusar a comprar um desses modelos, seria bom fazer um teste drive. Leve em conta que não é um tipo de carro para colocar cinco pessoas, embora muitos de seus fabricantes coloquem isto no certificado. E nem que vão caber grandes adultos neles. Mas isto é difícil até no sedãs de grande porte, não é mesmo? Vamos mostrar alguns deles a partir desta semana, não na forma de comparativo, mas apenas registrando a sua existência, que muita gente nem percebe. Escolha o seu pequeno grande carro.

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O valente chinês

 

Vamos começar por esta surpresa. Uma agradável surpresa este JAC J2 Flex.. Bonito, pequeno por fora, oferece bom espaço interno,em razão do seu entre-eixos de 2,39 m. O comprimento é 3,53 m e a largura 1,64 m. Mas não conte com espaço no porta-malas, ele é um carro tipicamente urbano, apesar de se comportar muito bem em estrada, com seu motor 1.4 16v Flex, com 113 cv carregando seus poucos 915 kg. Então, com etanol,ele chega aos 100 km/h em menos de 10s e, de final 190 km/h. Mesmo os mais altos vão se surpreender com o seu espaço interno, onde vão bem dois adultos e duas crianças, ou quatro adultos de estatura menor, O câmbio é manual de 5 marchas, com ABC e EDB e, claro, ABS, como mandam as regras atuais. As rodas são em liga leve, no porta-malas 125 l e no tanque 35 de álcool ou gasolina. No item entretenimento, nada excepcional, mas um bom som com CD Player USB, com controles no volante em couro. A direção é hidráulica e a qualidade do ar condicionado boa, enfrentando bem nossos calores. Ah, não tem tanquinho de partida a frio.Vale a pena conhecer este pequeno chinês da JAC, o J2.

 

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Ford Ka. Como anda bem este 1.5 

 

Vamos aproveitar que a Ford está na berlinda nesta semana, com o lançamento do Focus e falar do seu irmão menor, o Ka 1.5. Acredite, com meus 1,88 m de altura, sendo 1,17 m de pernas, não preciso colocar o banco ao final do curso, ou não vou ter controle adequado para freio e embreagem. E nem vou conseguir aproveitar a potência do seu motor com seus 110 cv (etanol) e 105 cv (gasolina). Ele responde com rapidez aos apelos do pé direito,  garantindo segurança nas ultrapassagens. Nas curvas comporta-se como uma cavalheiro, fazendo-as bem, com a ajuda dos controles de estabilidade e tração. Se precisar parar não haverá problema. E,nas saídas de rampa, oferece sistema que segura o carro por 3 segundos enquanto você tira o pé do freio e aciona o acelerador. Posso garantir que o carro é extremamente confortável, mesmo para os grandões como eu. O Ka com motor 1.0, tem lá os seus méritos, especialmente no quesito economia,mas seu motor não rende tanto, apesar de oferecer o mesmo conforto encontrado no Ka 1.5. Mas, como disse, experimente. Tenho certeza que vai gostar. Ah, o porta malas é bastante espaçoso e cabem as malas da família. Mas nada exagerado, ok?

 

Dodge-Dart---02

O dia em que  o marcador de gasolina  foi mais rápido que o velocímetro.

Não duvide dessa história.

Ela é do tempo que existia um marcador de gasolina mais rápido que o velocímetro.

Culpa do acelerador, que era um dos mais destacados componentes do Dodge Dart R/T, uma máquina que pesava quase duas toneladas e tinha um baita motorzão V8 de 211 cv. Seu desempenho era o mais agressivo do mercado (seu design também), concorrendo com o Ford Maverick V8 e com o Chevrolet Opala 4.100, 6 cilindros. O seu irmão mais fraco era a versão LS, com 199 cv,com o mesmo motor. A diferença era  que o R/T tinha taxa de compressão maior e dois escapamentos. Ele “voava” por nossas estradas e ruas, entre 1971 e 1980. Mas vamos contar a grande disputa ocorrida entre os ponteiros da gasolina e do velocímetro.

Certo dia, meu colega e amigo do jornal A Tribuna, de Santos, me convidou para ir até São Bernardo do Campo, onde ele devolveria um carro de teste. Era um Charger R/T. Lindo, vermelho com faixas decorativas em preto, rodas cromadas e um ronco imbatível.

Já saímos cantando pneu.Paramos no posto e mandamos encher até “a boca” (ainda bem). Ao volante, meu querido amigo Sérgio Aparecido, um apaixonado por carros e, mais ainda por  Elvis Presley, quem faz o melhor cover que já vi. De novo os pneus cantando na saída do posto. E lá fomos nós, pela Via Anchieta, rumo ao ABC. Pé embaixo. Radares? Não existiam na época. Os policiais rodoviários ficavam num determinado ponto da estrada e, de posse de um binóculo e um cronometro,mediam a velocidade do carro entre dois pontos marcados. Todo mundo sabia onde os policiais ficavam e também aos horários habituais. E o Serginho estava com a “macaca” naquele dia.

A partir dos meio da viagem, serra acima, comecei a observar que o ponteiro do marcador da gasolina era mais rápido que o do velocímetro do R/T. E tomada aceleração. Com certeza fazia menos que os dois litros de sempre (com cuidado, muito, 3km/l). E a gasolina baixava e baixava. Quando chegamos ao topo da serra, cerca de 3 ou 4 quilômetros da Crhysler, que ficava defronte de onde está a Volkswagen, do outro lado da Anchieta.

O marcador já estava no vermelho fazia tempo.

E, quando estacionamos, já dentro da fábrica, senti um tranco. Era o sinal que a gasolina tinha acabado. Não andaríamos nem mais um metro.

Para quem não sabe,ou não lembra, naquele tempo, não havia socorro nas estradas. Se a gasolina acabasse,teríamos que contar com a boa vontade de de algum motorista. Hoje, a concessionária socorre, mas você leva multa por pane seca. Mas valeu o risco pela delícia de subir “no maior cacete”, ultrapassando todo mundo, cantando pneu e ouvindo aquele ronco maravilhoso do “Dodjão”. Foi uma grande aventura.

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