Dojão completa 50 anos de Brasil

Considerado um dos ícones da indústria automobilística nacional, o Dodge Dart – que tornou-se “cult” entre muitos brasileiros, completa 50 anos. O modelo foi lançado no Brasil em outubro de 1969 pela Chrysler, que desde 1967 produzia por aqui os modelo da Simca como o Esplanada e o esportivo GTX.

O primeiro modelo a sair da linha de produção da Chrysler foi um sedã de quatro portas de 4,96 metros de comprimento. As linhas eram alinhadas com o modelo fabricado nos Estados Unidos. Comparado a outro grandalhão nacional, o Ford Galaxie, o acabamento do Dart era simples, porém, ele nunca escondeu que sua “pegada” era mais esportiva do que luxuosa. Apesar da distância entre-eixos de 2,82 metros, o espaço interno não era tão grande como o exterior poderia sugerir.

Em 1970, a carroceria cupê – de duas portas, sem as colunas centrais e com as colunas traseiras mais inclinadas – também passa a ser produzida na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Os dois valiam-se de um motor Magnum, um bloco V8 de 5.2 litros (o maior, em capacidade volumétrica, fabricado para um carro de passeio até hoje no Brasil), com potência de 198cv a 4.400rpm e torque de 41,5kgfm a 2.400rpm (em números brutos, como era usual na época).

A aceleração até 100 km/h era feita em 12 segundos, o que pode ser considerada uma excelente marca já que seu peso era de 1,5 tonelada. O câmbio era manual de três marchas com alavanca na coluna de direção, abrindo espaço para um banco inteiriço também na frente. A suspensão tinha acerto que privilegiava a estabilidade, em detrimento do conforto.

No mesmo ano, a Chrysler lançou o Dodge Charger, versão do cupê com uma “cara” esportiva. O Charger R/T trazia faixas pretas, teto de vinil, coluna traseira alongada, escapamento duplo, rodas esportivas e os característicos faróis camuflados atrás da grade. O interior tinha bancos dianteiros individuais e câmbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho. O motor era o mesmo, porém com 215cv de potência e 42,9kgfm de torque (brutos). Também havia o Charger LS, com visual “invocado”, porém com 205cv e câmbio de três marchas.