“Andando de Carro” – por Antônio Fraga

Leilão do Type 64 termina em polêmica e confusão

Modelo que antecedeu o Porsche estava sendo vendido por US$ 70 milhões, mas valor não era verdadeiro

Leilão do Type 64 terminou em confusão

Na semana passada, falamos aqui do leilão do Type 64, de 1939, a primeira unidade esportiva, criada pelo genial Ferdinand Porsche. O modelo não possui a marca Porsche porque na realidade a Porsche AG foi criada em 1948. Mas foi o precursor.
Mas um erro da promotora do evento, a RM Sothebys, impediu que o veículo fosse vendido.   leiloeira estimava que o Porsche Type 64, que foi concebido e pilotado por Ferdinand Porsche e pelo seu filho, iria passar dos 20 milhões de dólares (algo em torno de R$ 80 milhões). Para espanto geral, os lances alcançaram logo no inicio 30 milhões de dólares (R$ 120 milhões).

O leiloeiro na sala foi recebendo as ofertas e de repente apareceu na tela que as propostas já tinham atingido os 70 milhões de dólares (R$ 280 milhões).  Mas na verdade era um erro, o valor estava em 17 milhões. Começaram as reclamações dos possíveis compradores acusando fraude e o veículo foi retirado do leilão sem nenhum vencedor.

“Que piada”, afirmou Johnny Shaughnessy, colecionador do sul da Califórnia, que se encontrava na sala quando começou o “barraco”. “Eles perderam muita credibilidade”, contou.  Segundo a empresa, que possui boa reputação nos EUA, “os valores foram exibidos incorretamente na tela, causando uma infeliz confusão”, anunciou a RM Sothebys num comunicado oficial.

Vários colecionadores presentes na sala concluíram que se tratou de uma fraude.  O modelo continua à venda e no catálogo da leiloeira.

 

Seguro acessível

Segundo dados impressionantes da Suhai Seguradora, mais de 75% dos carros, 86% dos caminhões e 98% das motocicletas que rodam no Brasil não têm seguro. Alguns proprietários, pelos custos elevados dos seguros, optam por fazer planos apenas contra roubo ou furto, deixando de fazer o seguro completo. Com base nesses números, a seguradora passou a oferecer por valores mais acessíveis o seguro de roubo, furto e colisão, inclusive, para veículos com mais de 10 anos.

“Após pesquisas, identificamos que a maioria das pessoas anda desprotegida porque não pode pagar por um seguro completo. Só esquecem que, mesmo dirigindo com prudência e responsabilidade, às vezes é impossivel evitar uma colisão”, explica Robson Tricarico, diretor comercial da Suhai Seguradora.

Outro diferencial da seguradora é o atendimento a taxistas e motoristas de aplicativo. Hoje, segundo números da Uber, ela tem parceria com mais de meio milhão de motoristas, 150 mil só no Estado de São Paulo. Esses profissionais muitas vezes não são aceitos nos planos de seguros tradicionais ou os custos são muito altos por terem maior exposição para roubos, furtos e acidentes.

 

Para poucos 

O Bugatti Centodieci

A Bugatti apresentou recentemente o seu novo superbólido, com produção limitada destinada a apenas dez felizardos. Felizardos e arquimilionários. O Bugatti Centodieci tem como base o Chiron, que foi inspirado no EB 110 de 1991. Desse último, foram produzidos 139 veículos entre 1991 e 1995. O novo modelo da marca italiana, que hoje pertence à alemã Volkswagen, terá um “motorzinho” de 16 cilindros em “W”, com quatro turbocompressores e impressionantes 1.622 cavalos. O Chiron tinha 1.500 cavalos. Essa usina de potência faz o Centodieci chegar a 420 quilômetros por hora e acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,4 segundos. O modelo vai custar na Europa a bagatela de 40 milhões de reais. Preço com impostos no Brasil: mais de 80 milhões de reais.

 

25 anos de RS 

A perua familiar mais esportiva do mundo ganha em janeiro de 2020 a sua quarta geração. Essa é a primeira das seis novidades na linha RS prometidas para até o final do ano pela direção da Audi, para comemorar os 25 anos da linha mega esportiva.
Esse modelo mais que especial vai contar com o motor de quatro litros, V8, turbo e com tecnologia híbrida, que desenvolve 591 cavalos e impressionantes 800 Nm. A aceleração de 0 a 100 km/h é em 3,6 segundos e a velocidade máxima está eletronicamente limitada aos 250 km/h. Se não tivesse o limitador, passaria muito dos 300 quilômetros por hora.

Audi RS

 

Seguro e veloz 

Audi RS7 Sportback foi blindado

E por falar de velocidade e da marca alemã, que está completando 25 anos no Brasil, já pensou em um carro blindado andando a 325 quilômetros por hora? Pois é o que uma blindadora americana está fazendo com um Audi RS7 Sportback. A AddArmour, além de blindar o modelo esportivo familiar na categoria B4 com “mantas” muito competentes e leves (alterou o peso em menos de 100 quilos), preparou o motor, aumentando em 155 cavalos em relação ao original. O RS7 passou a ter 760 cavalos. De 0 a 100km/h em 2,9 segundos e velocidade máxima 325 quilômetros por hora. Se o comprador desejar, pode aumentar a segurança para a categoria B7.

 

Monstro em duas rodas 

A inglesa Triumph apresentou a motocicleta com produção em série de maior cilindrada do mundo: 2.500 centimetros cúbicos. A Triumph Rocket III foi totalmente renovada em relação ao modelo II, lançado em 2004. Com 11% mais potência que a anterior, agora a Rocket III desenvolve 167 cavalos a 6 mil rotações por minuto. O torque é de impressionantes 221 Nm a 4 mil rpm. A nova motocicleta estará à venda a partir do início de 2020 em dois modelos, R e GT. A R mais esportiva e a GT mais indicada para longas viagens e passeios.

Triumph Rocket III

 

Bonitinha, mas ordinária 

Uma empresa que comprou todos os modelos de uma picape que vendeu. Você acha que isso nunca aconteceu? Aconteceu. A Ford do Brasil, em janeiro de 2007, adquiriu a brasileira Troller e decidiu fazer, como faz nos produtos da marca, rigorosos testes de qualidade e durabilidade nos dois modelos produzidos: o jipe Troller e a picape Pantanal. Numa decisão inédita no mercado automotivo mundial, após diversas avaliações no Campo de Provas de Tatuí (SP), constatou que as picapes tinham vários problemas, como falta de estabilidade e dirigibilidade, além de trincas em alguns chassis em situações mais rigorosas. Como a picape Pantanal não atendia aos critérios adotados pela Ford, a decisão foi recomprar as 77 unidades vendidas antes da aquisição e não produzir mais nenhuma. Todas as picapes que foram recompradas foram destruídas e quem não quisesse vender (não se sabe se alguém deixou de vender), teria que assinar um termo de responsabilidade assumindo os riscos que poderiam existir ao dirigir a Pantanal.

Unidades da picape Pantanal foram recompradas e nunca mais produzidas