Brasileiros vencem a 8ª etapa do Rally Dakar

Os brasileiros Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin da equipe Monster Energy/Can-Am venceram hoje (13/01) a oitava etapa do Rally Dakar, realizada pela primeira vez na Arábia Saudita. A dupla completou os 474 km em 4h50min48s de especiais do dia (trechos cronometrados em alta velocidade). Os participantes percorreram 713km, somando os 239km de deslocamentos nesta segunda-feira. Depois de um incidente com a barra de direção do veículo logo no primeiro dia de corrida, os brasileiros saltaram com essa vitória da 36ª para a 10ª posição, mostrando uma corajosa recuperação no deserto saudita.

O trajeto todo foi realizado na região de Wadi Al-Dawasir, com destaque para o percurso em cânions e montanhas, além de trechos de velocidade pura, com os pilotos tirando o máximo de seus veículos. Devido ao luto pelo falecimento do motociclista português Paulo Gonçalves, ontem em pleno deserto, as categorias moto e quadriciclo não competiram nesta segunda-feira. Apenas UTVs, carros e caminhões largaram para a oitava etapa. Mas o grid completo estará em ação a partir de amanhã.

“Esta especial foi bem ao nosso estilo, mesclando velocidade e trechos nos quais a navegação do Gustavo sempre faz a diferença”, comenta Reinaldo Varela. “Andamos forte quando era possível e fomos ágeis na hora que precisamos. O nosso UTV, um Can-Am Maverick X3, foi novamente um guerreiro – resistiu bravamente à pancadaria constante. É uma combinação muito boa em uma corrida longa, cansativa e cheia de adversidades como tem sido esse Dakar”, avaliou o piloto, lembrando que até agora os competidores percorreram 5.165 km, a maior parte no deserto.

Em termos de extensão, o percurso desta terça-feira será o maior de toda a 42ª edição do Rally Dakar. “O trajeto deve ter 891km no total, com praticamente a metade, 415km, de especiais”, observa Gustavo Gugelmin. “A informação que temos é que deve ser o trecho com menos extensões de areia. Mas isso não quer dizer que será mais fácil. Neste Dakar, a maior dificuldade tem sido justamente fora das dunas, com a quantidade e o tamanho das pedras – algumas delas capazes de destruir o carro em uma batida ou fazê-lo capotar, como já aconteceu várias vezes nos últimos dias. Só amanhã vamos saber exatamente o que nos espera”, conclui o navegador da equipe Monster Energy/Can-Am.