Coluna “De carro por aí” – Roberto Nasser

      Nasser
Coluna 0914 26.Fev.2014                                        

Salão de Genebra, 06 a 16 de março, tem posição mercadológica bem definida para sobreviver na disputa entre a poderosa meia dúzia que se impõe ao setor: novidades europeias e pesquisas para os novos tempos com os automóveis – menores consumo, e emissões, integração com eletrônica, novos combustíveis.

Novidades

De veículos comuns, motores de ciclo Otto – combustível vaporizado e velas de ignição -, ainda tem seu lugar e serão, por tempos, maioria das vendas.

Ford Focus – No setor, é a novidade mais palpável a consumidores brasileiros, exibindo as próximas mudanças a ser aplicadas no produto feito na Argentina. Mudança maior, frontal, grade mais elevada, trabalho no grupo óptico, idem para o traseiro. Dentro, trabalho em materiais como o cromo satinado, no console, porta luvas, para mudar, melhor operar, oferecer sensação de aconchego e refinamento. Mudança maior, embora culturalmente difícil ao mercado brasileiro, é a opção de um novo motor: três cilindros, 1.0, 12 válvulas, injeção direta e turbo, 123 cv e uns 15 quilos de torque. Este motor será produzido no Brasil, inicialmente com aspiração atmosférica, marcando o sucessor do Ka. Caixa de seis marchas, suspensão, direção e freios reacertados.

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Ford Focus, refrigério nas linhas

Freemont Cross – Tecnologia brasileira permeando a carro norte americano. As invenções Fiat sob o rótulo Adventure aparecerão no Freemont e em outro Fiat, o Panda. Coisas conhecidas, decoração com grade, molduras de faróis em preto, bancos mesclando tecido e couro. Para o mundo, duas versões de motor: 2.0, 16v, 140 cv e 2.4, 170 cv, este tracionando as unidades enviadas ao Brasil. Tração dianteira com cinco marchas, 4×4, seis velocidades.

Audi TT – Terceira geração do esportivo TT; a configuração prática do protótipo mostrado no Salão de Detroit, o Allroad Shooting Brake – utilitário esportivo de performance. Da marca, a versão S, com tração total, do A1, sem sucesso no Brasil. Série especial, a RS4 Nogaro comemora 20 anos da RS2.

BMW – Série 2 Tourer, primeiro BMW de tração dianteira, concorrente de Mercedes Classe B. Outro nível, a Série 4 Grand Coupé.

Citroën C1, Peugeot 108 – Revisão estética do C1, lançamento do 108, pequenos franceses com a mesma base no pânico da sobrevivência o carro também é o Toyota Aygo. Da Citroën, o Cactus, nova experiência construtiva, com envolvente moldura chamada Airbump, um para choques a meia altura.

Ferrari – Revisão no modelo Califórnia, incluindo turbo alimentador em motor V8 3,9 litros para produzir 560 cv e abundante torque em baixas rotações, dando extrema maneabilidade.

Honda Civic Type R – Cupê endemoniado, seguindo a tendência das grandes marcas. Quer chamar atenção arrancando 276 cv de um motor 2.0.

Hyundai – Crescendo em vendas e participação mundial, quer tomar posição de coragem, fazendo concorrente para os Mercedes Classe S, o Hyundai Genesis. V6, 3,8 litros e V8 5,0.

Lamborghini Huracan – Sucessor do Gallardo, carroceria marcada por intensiva combinação de metal e fibra de carbono, motor V10, 5,2 litros, 601 cv e pouco imagináveis 325 km/h de velocidade final.

Mercedes S-Class Coupé – Impactante versão duas portas do novo parâmetro em automóveis de luxo. Junto, versão Estate – camionete, perua, station wagon … Ambos V8, 4,7 litros, 450 cv.

Mini – Nova plataforma, prática, maior, permitirá instigadora versão como a do Mini em 6 – 6! – portas.

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Mercedes S Class, coupé. Classudo

Renault – Tenta voltar aos tempos do Twingo, genial produto. Novo  modelo, desenvolvido com a Smart, criou solução não aplicada pela Renault há quatro décadas, o motor traseiro. No caso, o tricilíndrico do Smart ForFour.

Volkswagen – Atualização e ampliação da linha Polo. Versões, motorizações e, até, CrossPolo. E ficará de olho no Vision C, proposta de sua marca menor, e mais atrevida em design, a Skoda. Se bem recebido pelo mercado, será co-optado.

Mercado mundial, uma olhada

Fechados os números das vendas de automóveis em 1014, a Jato Dynamics, consultoria brasileira em informações automotivas, ilumina o caminho. Chineses, vendendo 19M mantiveram a primeira posição crescendo incríveis 18% apesar de projetados números menores, garroteados por ação anti poluição – ganhou a indústria, perdeu o mundo. EUA, 2º., novamente, entre sorrisos expandiu 7,6% em relação a 2012, crescimento ascendente. A crise de 2009 foi-se. Terceiro mercado, Japão, 5,3M, estável, quarto Brasil, 3,5M, queda de 1,6%; Alemanha quinto, com retração de 4,1%. Todos os BRICS tiveram queda.

Marcas

Num ranking de marcas Toyota mantém-se líder: 6,4M; VW segunda 5,9M; Ford terceira 5,3M; Chevrolet 4,3M. Pouco imaginável ao nosso mercado, a Nissan é a quinta mais vendida no mundo, 3,9M, à frente da Hyundai, 3,7M. Sétima a Honda, colada na mesma centena de milhar. Oitava Kia 2,1M; Fiat 1,7M e Renault, pouco mais de milhão e seiscentos mil automóveis vendidos. Quando você olha a Kia, pouco mais que adolescente, superar as centenárias Fiat e Renault, com expansão garantida por exportações vê, o mundo do automóvel mudou.

Por categoria, picape mais vendido o Ford F 150. Utilitário esportivo,  Honda CR-V, 8º. na lista geral. Automóvel, Ford Focus, em torno de milhão de unidades.

 

Roda-a-Roda

Choque – Choques na matriz Ford. Apesar do salto em 50% nas vendas, seus carros híbridos não cumprem exigências de consumo pelo governo dos EUA, e empresa dos EUA, a Paice LLC a aciona.

Desacordo – Diz, a fabricante de automóveis aplica sua tecnologia sem acertar cessão de direitos ou pagamento de royalties. Mesma empresa acionou a Toyota – e ganhou, e está em arrepios com Kia e Hyundai pelas mesmas razões.

Cenário – Wanxiang, chinesa, com US$ 149,2M arrematou os ativos da Fisker Automotive, promissora fábrica de carros elétricos nos EUA – sem marca e logo.

Novela – Não parece questão encerrada pois a Wanxiang comprou a 123 Systems, fornecedora das baterias, fechou a torneira, levou a cliente à falência.

Ocidentalização – Ética do método à parte – parte mafiosa, a se observar, marcham para o Ocidente. Dias antes compraram 15% da centenária e internacional Peugeot/Citroën.

Outra – Tesla, outra fabricante, capitalizada, pertencendo a Elon Musk, dono do Paypal, assustou-se com a situação da concorrente, comprou e desenvolve tecnologia para baterias, deixando de ser cliente da Panasonic.

Ampliação – Reformou antigas instalações da Nummi, ex união GM e Toyota, mas não chegará a utilizá-las para seus carros e baterias. Novos planos tornaram-nas pequenas. Agora, diz, terá Giga fábrica.

Mercado – Incremento de vendas gerando expansão não apenas pela autonomia pretendida, 320 km, mas por custar menos, por ampliar o leque de produtos, com pequeno sedã para combater Mercedes C e BMW 3, e utilitário esportivo.

… II – Distantes, perdidos em discussões sobre o álcool ser atrelado à gasolina e esta agora importada, desconhecemos no Brasil a realidade e o crescimento da presença dos carros elétricos.

Futuro – Pacific Northwest National Laboratory, dos EUA, acelera ampliar o uso dos veículos movidos por eletricidade: desenvolveu baterias lítio-enxofre, capazes de armazenar quatro vezes mais energia – entenda-se a prática de maiores autonomia e duração.

Não deu – O GT 86, projeto Toyota de fazer esportivo usando mecânica 2.0 de Subaru, e da tração total eliminando a dianteira, não vende o esperado. Antes de desistir prepara versão com motor mais forte, e cancelou a opção conversível.

Claro – Um Subaru completo, tração integral, anda melhor e custa menos.

Atraso – Fábrica da JAC, em projeto na Bahia, continua presa à feitura das fundações, e assim não cumprirá o calendário do início de produção neste exercício. Apenas em 2015.

Coisa séria – Tens agradável e novo Citroën C4 Lounge 2013 ? Confira se o chassi tem número entre EG 500081 e EG 537375. Se, agende com revenda verificar o módulo de controle do freio. Nesta série houve descalibração, exigindo muita força para frear.

Mercado – Novo Corolla chegará ao mercado na 2a. quinzena de março. Quer comprar a modelia atual ? Barganhe. Dá negócio. Carro datado – na gíria o de modelo passado – em estoque neste ano atípico, é mico a ser esconjurado, do tipo melhor não ganhar agora para não perder depois.

Atrapalho – Fiat anunciou a apresentação do Linea 2015 – mas em abril. Não tem problema com estoques, sinaliza o futuro, avisando a novidade para deter interessados em adquirir outras marcas.

Brincadeira – Diz a Hyundai ampliará de cinco para seis anos a garantia de seus carros – caso o Brasil vença a Copa do Mundo, tornando-se hexacampeão. Parece brincadeira de mau gosto. Se tem qualidades por que não fazer desde já?

Novidade – Lotus mandou desenvolver moto com sua marca pelas empresas especialistas Holzer e Kodewa. Sua C-01 mantém a filosofia da marca, baixo peso e potência média. No caso, 210 cv vindos de motor V2, 1,195 cm3, transmissão de seis velocidades, em chassis de aço carbono e titânio. Experimentais, 100 unidades. Afim? inscreva-se em www.lotus-motorcycles.com/
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O Zé, mecânico em Pirenópolis, Go, olhou e disse: “Mais feio que bater em mãe – no Dia das Mães …”

Carnissan – Na Internet o segundo filmete da hábil conexão proposta pela Nissan entre fabricar veículos e preparar desfile de Carnaval, seu caso com a escola de samba Salgueiro. Está em (facebook.com/nissanbrasil)

Esperança – Felipe Nasr foi contratado pela Williams como terceiro piloto e de testes. Bons patrocínios, como da Petrobrás e do Banco do Brasil permeando para a equipe, dar-lhe-ão boa visibilidade, atenção e divulgação.

Caminho – Itens importantíssimos numa atividade onde é rara a junção de capital e competência pessoal, como no caso. Nasr, sem o risco de elogio ao conterrâneo, é verdadeira esperança de ascensão na Fórmula 1, corolário de carreira construída por vitórias.

Derrapagem – Coluna 4813 se equivocou quando, no final de novembro antecipou a certeza da ida publicando inconfidência de familiares traçando opções para outras equipes. Errou a equipe.

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Felipe Nasr. Mais esperança

Memória – Honda NSX 1992, ex Ayrton Senna, segundo dono o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga,  não atingiu valor mínimo, US$ 125 mil – uns R$ 330 mil, em leilão no circuito inglês de Silverstone.

História – Dificuldade em nosso antigomobilismo é a falta de informação correta, lastreada. Grande maioria à base do soube, ouvi li, não sei onde, e por aí vai, sem rumo. Poucos clubes dão importância às referências, a Federação setorial filiando alguns, pouco se dá a respeito, omissa no traçar e abrir caminhos.

Descaminho – Sem pesquisas, pouco se sabe da realidade e, daí, a ignorância irresponsável, a falta de dados, e ante dúvida sobre algum item, logo rotula de “Série Especial” para explicar o que não sabe.

Sem rumo – Sem saber decupar números de registro para descobrir dados do produto, quantificar produção de modelos e versões, por total, ano ou período, na maioria das vezes usa a palpitologia baseada no desconhecimento.

Exceções – As há quanto a Malzonis e Pumas com motor Vemag; bom levantamento de Willys Executivo; dados dispersos com fontes diferentes relativamente à produção dos Willys Interlagos.

Simca – O bom sítio www.simca.com.br, organiza cadastro e nele a listagem atingiu 474 unidades, de sucata a carros de museu. Belo trabalho. Tens Simca, conhece quem tem, conte ao sítioajude a salvar a memória da marca.

Gente
Alterações na área de relacionamento externo da General Motors.
Aposentadorias, PDVs, demissões, transferência.
Contratará 9 recém formados para moldá-los às funções.
Issao Mizoguchi, engenheiro, tremenda promoção.
1o. brasileiro a dirigir bloco de mercado da Honda, Presidente da Honda South America. Mandará em tudo da marca: produção, importação, vendas de motos e automóveis.
Dieter Zetsche, no. 1 da Mercedes, alegre. Resultados de vendas e lucros em automóveis, seu projeto pessoal, aumentaram seu bônus pessoal de 8,15M para 8,25M de Euros – uns R$ 26,5M. 

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