O futuro dobra a esquina. E, parece, vem de Mercedes
É o conceito Mercedes-Benz Future Truck 2025, pré apresentado, e a aparecer concretamente no IAA, o monumental salão de comerciais em Hanover, Alemanha, setembro. Materializa a Condução Autônoma, através do diálogo entre todos os envolvidos.
Carroceria de linhas disfarçadas, item desimportante, semi reboque com trato aerodinâmico – por si só capaz de reduzir 5% no consumo -, o grande realce está no combinar conquistas eletrônicas tornadas práticas por acionar a mecânica. Acima de tudo, por auto gerir, por si só, sem interferência do motorista, o andar na estrada, agindo, manobrando de acordo com as instruções recebidas externamente por via eletrônica Escolhe a faixa de deslocamento, acelera, freia, desvia, muda de faixa, do rota, desvia de congestionamentos e, até, abre caminho caso um carro especial, como ambulância, bombeiros ou polícia peçam passagem.
Motorista, há, mas em função mais ampla, um eufemístico Gestor de Transportes, gerindo seu negócio, cuidando do frete atrás de suas costas, ou negociando a próximo negócio. Se colaborador, em contato com a origem e o destino. Na prática, estará em posição exigida pela lei, atrás do volante e dos comandos, porém numa estação de trabalho, como espectador capaz de intervir apenas por vontade ou necessidade. Na gestão pode fazer o que os mau educados e maus cidadãos praticam, sem apoio de informática ou da lei, como ler e responder mensagens, what’s up, digitar num netbook, falar ao telefone …
Corajosa demonstração, em estrada pré inauguração, a A14, com uso normal entre veículos demonstrou a viabilidade do caminho.
Prevê a Daimler, a frondosa árvore empresarial onde se aloja a Mercedes-Benz, e o projeto Shaping Future Transportation – Moldando o Futuro do Transporte – ser viável em dez anos. Daí o 2025.
Como é
Há décadas grandes fabricantes investem no deslocamento rodoviário seguro, anulando as falhas humanas, reduzindo as ações do motorista. O caminho trilhado pela Mercedes, há quatro décadas, utilizava guard rails e defensas para transmitir sinais ao veículo, assumindo algumas funções, como velocidade, distância do veículo da frente. Porém mostrou-se caro para a Alemanha – e impensável a países em desenvolvimento, onde o transporte rodoviário é opção mandatória.
A interpenetração da eletrônica com comunicações e a simplória mecânica permitiram equipar o veículo para identificar todo o seu entorno e em ampla distância livre. O poderoso Classe S, a mais elevada dentre os sedãs Mercedes, oferece pequena amostra do sistema, ao apresentar câmera de TV na parte inferior dianteira, “vendo” as irregularidades da estrada, e preparando a suspensão para enfrentá-las, visando o maior conforto dos usuários.
No caminhão conceito a aplicação é mais ampla: à frente, sensor de radar explora 70 metros adiante em ângulo de 130 graus. Adicionalmente, outro
atinge 250m num leque de 18o, interagindo nos sistemas do veículo, como o controle de proximidade – a distância do veículo à frente – e o servo freio de emergência. Sobre o painel, atrás do para brisas, uma câmara 2D estereoscópica, varre 100 m à frente, 45 graus na horizontal e 27 na vertical, identificando se a estrada tem uma ou duas pistas, e pedestres, obstáculos estáticos ou dinâmicos, e registra sinais de trânsito. Há, ainda, sensores laterais mais precisos que o olhar humano, tudo conectado a rede identificada como Fusão Multisensorial. Na prática vê e registra tudo, incluindo acostamento, traçado da estrada, e combinado com mapa da estrada em 3D.
O objetivo não se restringe ao aspecto segurança, mas reduzir consumo e consequentes emissões, para gabaritar a cada vez mais dura legislação de consumo e poluição. Isto separará, em médio prazo, homens de meninos, quem fica e quem sai do mercado.
2025 ?
Se tecnologia e caminhão já existem, porque 10 anos para o início do implantar ? Raciocínio lógico, mas a barreira maior vem de fator etéreo, o jurídico. Para fazer o caminhão a Daimler/Mercedes aplicou monumental esforço de lobby, cooptando autoridades, estamento acadêmico, e direcionou ações para mudar o conceito de Condutor na Convenção de Viena, que há 40 anos estabeleceu a estrutura do transporte, em conceitos adequados nos Códigos de Trânsito dos países signatários. O conceito de condutor pelo documento de Viena já foi alterado e agora permite que em vez de um agente condutor humano, este seja auxiliado por meios externos. Próximos passos, dar atenção soa países aderentes à ideia e consumidores dos caminhões da marca, para as mudanças necessárias nos respectivos códigos de trânsito
Depois de motos, carros, geradores, o jato Honda
O HondaJet, curiosa entrada desta japonesa de rodas no chão no mercado de asas no ar, faz seus primeiros voos para certificação. À iniciativa aplicou experiência e filosofia interna, conhecida em motocicletas, geradores de energia, pequenos tratores, automóveis para conseguir, como diz, o jato executivo mais rápido, para voar mais alto, e com melhor consumo de sua classe.
O voo inicial, a partir da base Honda em Greensboro, North Carolina, EUA, durou 84 minutos, atingiu 4.700 m (15.500 pés), e velocidade de 644 km/h (348 nós). A previsão é de início de vendas em 2015.
Fabricante, Honda Aircraft Company instigou a estadunidense GE retornar ao campo dos jatos executivos – a empresa foi a pioneira, em 1960, ao transformar os motores de jatos militares J85, criando a conhecida versão civil Learjet.
O HondaJet, graças ao uso de tecnologia atual, como o compósito de fibra de carbono leve e resistente, por design, pelo uso de motores turbofan, reduz a resistência ao ar, contém consumo e ruído na cabine. É certificado para um piloto, e usa aviônicos Garmin G3000. Recebe até 5 pessoas, com boa relação entre superfície alar, comprimento das asas, 12,15 cm e comprimento total, 12,7m. Faz velocidade de cruzeiro de 778 km/h e autonomia superior a 2.500 km. Os motores vão acima das asas.
Primeira série em pintura caracterizadora: fuselagem em branco, com aplicação de cores fortes, como o verde escuro perolizado, margeado por filete dourado. Preço não divulgado, mas a Honda, estreante na área dos jatos leves, diz querer menor preço do mercado – embora não divulgado, já em 2015.
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Roda-a-Roda
Registro – Brinda-se produção de 6M Audis com tração Quattro – sedãs, camionetas e utilitários esportivos com tração nas 4 rodas – hoje em metade de seus produtos.
Razão – Porque dentre os sedãs alemães a Audi lidera com tal equipamento ? Explicação simples. Para concorrer com os sedãs Mercedes e BMW, com tração traseira, entendida pelos usuários como mais adequada, utilizou tal adjutório para enfrentar a comparação e aparecer com um plus.
Origem – O nome Quattro é aplicado aos Audi, mas inspirado no jipe Volkswagen Iltis, tentativa atualização da boa fórmula aplicada no Auto Union 94/4, militarmente chamado Munga e, no Brasil, onde foi produzido, Candango.
História – Diz-se, no romantismo em torno das histórias complexas, a criação do Quattro foi simples e fortuita.
Humm … Que Ferdinand Pïech, neto do professor Porsche e executivo recentemente aposentado, quando dirigia a Audi pediu um Iltis para experimentar. Voltou entusiasmado, e mandou adaptar a mecânica sob carroceria de um automóvel Audi. Deu no que deu.
Candango – O sistema de transmissão é, a grosso modo, o então empregado no jipe Vemag, também dito Candango, de origem o Auto Union 94/4. Para administrar a divisão de força entre os eixos dianteiro e traseiro, ao sistema aplicou-se pioneira caixa de transferência com embreagem viscosa.
Acabou ? – Justiça italiana decretou a falência da Stile Bertone, prestigiosa criadora e construtora de carrocerias para automóveis especiais. A crise de 2008, mais briga das filhas contra Dona Ermelinda, Lili, viúva de Giuseppe Nuccio Bertone, chegaram ao ponto crítico entre débitos e um cipoal jurídico.
Curiosidade – Nuccio, o elegante condutor, herdou a empresa do pai e tocou-a com brilho, sem traçar uma linha ou desenhar uma curva. Era raggioniere, mescla de contador com auditor, excepcional padrão estético, e sabia escolher pessoas. Dentre muitos Giorgetto Giugiaro, autor do projeto dos Alfa aqui identificados como GTV.
Esforço – Dona Ermelinda, Lili, se esforçou, em salões de automóveis expos história, ofereceu serviços, buscou associado, comprador. Não funcionou. Comunização, a democratização e a globalização não mais permitem carros especiais. Espera-se, algum grande fabricante queira assimilar o patrimônio do rótulo Bertone, como o grupo VW o fez com a Italdesign.
Super Porsche – Lucrativa, com grandes perspectivas, por seu CEO Matthias Mueller Porsche deve anunciar fazer super carro para peitar os Ferrari com motor V12. Coisa de US$ 250 mil, lá. Excesso de caixa. Outra empresa VW, a Lamborghini exerce mesma função.
Na frente – Land Rover Jaguar aperfeiçoou facilidade criada pela Cadillac há 20 anos, de projetar dados operacionais, em especial velocidade, no para brisas, à frente dos olhos do motorista, para não tirar o foco na estrada.
E, – Dados do operacional, e imagens em 3D em lugar dos espelhos retrovisores.
Mais: http://www.youtube.com/watch?v=FeK9IkSD_nI&feature=youtu.be e http://www.youtube.com/watch?v=F923EuB06CI&feature=youtu.be
Periférico – Ford corta operação industrial na Austrália; deteve, por falta de dólares disponíveis, na Venezuela; pondera continuar na África do Sul, em greve geral.
Perdeu – Há meses Dan Amman presidente mundial da GM, anunciou substituir todos os automóveis Chevrolet no Brasil. Filial local tentou contornar a informação, mas a verdade se impõe: a matriz foi à Argentina anunciar investir US$ 270M no fazer motores de última geração em Rosário.
Atual – Seguem o caminho da tecnologia atual. O Ecotec 1,4, quatro cilindros, tudo em alumínio, 16 válvulas, injeção direta, turbo. Produz 130 cv e torque de 235 Nm. 120 mil motores anuais, para o Cruze 2, coreano complementado na América do Sul, novo modelo para Mercosul, e exportação à Europa.
Elétrico – UTE, estatal uruguaia de eletricidade, amplia seu projeto de uso de combustíveis: comprou 30 Renault Kangoo Z.E. elétricos, para uso na capital e 19 estados. Federico Ragni, engenheiro da UTE, entusiasmado, divulga. No Brasil, juntando todas as companhias elétricas, o número é muito menor.
Se foi – Peugeot confirmou à Coluna, não reatará produção de seu picape Hoggar, suspensa para ajustar demanda. Bom projeto oferecendo charme visual, suspensão acertada, e vocação de trabalho. Mas era o menos vendido do mercado, e o sair não é mera supressão.
Se foi, 2 – Foi o primeiro projeto da área de design sul americana. Não era carro cortado, como alguns no segmento, mas soma Peugeot 207 com o comercial Partner, de plataforma para carga, acolhendo um pallet.
… – O ir-se, contraindo a lista de produtos, no processo de salvação da matriz PSA, veda caminho a produtos de acordo com o mercado. O Hoggar existia apenas no Brasil. Quer aumentar o total de 12.996 unidades vendidas ? Ainda há, 1.4, flex, ar, direção, +-R$ 30 mil.
Mais – Volkswagen apresentará no meio de agosto Fox e Saveiro cabine dupla com o novo motor EA211 – de quatro cilindros, da família do três cilindros. Cilindrada em 1.598 cm³, potencia 120/110 cv, torque de 16,8/15,3 kgfm.
Depois – Mercedes-Benz adiou lançamento de pedra fundamental da fábrica para automóveis a ser erigida em Iracemápolis, SP, antes ajustado para 12 de agosto. Desencontro entre agendas de autoridades para o evento.
Negócio – Banco PSA acertou-se com o Santander, por seu braço Customer Finance, de crédito ao consumidor. Passa operações, faz ponte para futuros clientes, incentivando vendas da marca. Entesourará 1,5B de Euros. O grupo PSA, Peugeot Citroën se esforça para fazer caixa.
Parabéns – Por adquirir a pioneira fabricante de cruzetas Albarus, a multi Dana festeja 67 anos de atividade no Brasil. Negócio começou com Ricardo Bruno
Albarus, dono de oficina, fazendo peças para repor a frota sem manutenção no pós guerra.
Mercado – Dana aproveita a atrativa praça. É única nacional apta a fornecer toda a linha de força – ou de montá-la diretamente nas linhas de produção, como fazia com o finado picape Dodge Dakota
Quem – Ferrari 225 com prêmio Hors Concours no Brasil Classic Fiat Show, em Araxá, um entre cinco exemplares sobreviventes de restrita série de oito. Carro de corrida, carro de estudante, carro abandonado, acabou ganhando restauração em pico máximo, no Ferrari Classiche, oficina dentro da fábrica Ferrari. A Phoenix, restauradora em Curitiba, cuidou de todo o processo.
Gente –Herlander Zola, diretor de marketing na BMW, mudança. Volta à família VW, indo para a Audi, mesma função.
Murilo Moreno, diretor de Marketing, deixou a Nissan.