Coluna 3814 17.Setembro.2014
GLA, Mercedes Forte e Faceiro.
Mercedes-Benz próximos dias inicia vender novidade complementando a família A. É o GLA – G para a marca assinala as versões com aptidão mista. Trata-o como pequeno utilitário esportivo olhando para a conformação estética bem apurada, sugerindo musculatura e dinamismo. A pretensão para habilidades em andar em estradas e fora delas vem da maior altura livre do solo, superior à dos automóveis. Neste aspecto lembra a curiosa classificação de LUAV para o bem sucedido Projeto Amazon. Em tradução rústica, algo como Veículo para Pequenas Aventuras Urbanas, assim como sua pretensão mercadológica: circular com charme nas deficientes ruas nacionais, incluindo dispensar-se de maiores receios de esfregá-lo nas valas das junções de ruas, ou nos quebra molas construídos fora da regulamentação.
É um hatch muito elegante, de medidas impositivas: c x l x h = 4,63×1,77x 1,50m. Tem tudo para agradar a clientes gerais. A partir da estrela pontuando a marca, a confiabilidade mecânica, o aspecto estético, o conteúdo cuidado – e com a elegância de não oferecer revestimento em couro -, itens de segurança, como ter conseguido cinco estrelas no teste avaliativo EuroNCAP, sete bolsas de ar, e o bom espaço interno.
Rendimento e condução não devem ser desprezados. O bom torque do motor com quatro cilindros, 1.6, 16 válvulas, injeção direta e turbo provê 160 cv de potência em baixas 5.300 rpm. O torque, de 250 Nm, uns 25 quilos, linear entre 1.500 e 4.000 rpm, transmitido através de caixa com sete velocidades, duas embreagens, permite arrancar aos 100 km/h em 8,8s. E cravar 215 km/h em velocidade final. Disponível apenas com tração dianteira. Suspensão frontal pelo sistema Mc Pherson, traseira por multi links, independentes. Direção elétrica.
Três versões: Advance; Vision e Black Edition a respectivos R$ 132.900; R$ 149.900; e R$ 152.900. No Salão do Automóvel, outubro, duas outras: a espevitada AMG produzindo 360 cv, – o motor 1.6 de série mais potente do mundo.
Mercado
Dimitri Psilakis, diretor de automóveis, vê números generosos: 1.000 unidades vendidas até o final do ano, e 4.000 em 2015. Mercedes deverá vender em 2014 em torno de 10 mil unidades. Com tais números desbancará o Classe C, até agora o de maior preferência.
Automóvel se compra por emoção, mas o GLA tem muito mais em seu pacote: o poder da marca, as linhas, a noção de poder concedido ao condutor (a), e os apelos de performance, conforto e segurança. Tal conjunto sensibilizará seu público alvo, idade em amplo leque e a certeza de 50% das vendas ao público feminino. No caso quer repetir o ocorrido com o Peugeot 206 ao surgir, tremendo sucesso neste importante público.
GLA busca agradar público feminino.
Muito melhor, novo Honda City
Renovado em prazo curto – quadro anos e 150.000 unidades vendidas – o Honda City mudou tudo – até a sua cara mercadológica. Fábrica se aplicou a revê-lo por completo: carroceria com a nova assinatura da marca; maior distância entre eixos – 2,60 m contra 2,54 anteriores; direção elétrica, sistema multi mídia, tela touch screen com GPS e câmera de ré. Re arranjo interno, aumento da medida entre os eixos e o enorme porta malas – embora mantendo grosseiros arcos para acionar a tampa -, modificarão sua posição mercadológica, tornando-o concorrente do irmão maior, o Civic.
Honda reviu a mecânica. Motor 1.5, quatro cilindros, vinte válvulas, 116 cv a álcool e 115 cv a gasálcool, torque de 150 Nm. Trocou o tanquinho para partida a frio por sistema com os bicos injetores aquecidos. Cinco marchas mecânicas ou transmissão de polias deslizantes simulando sete velocidades. Mudanças melhoraram consumo e sua posição nos índices de controle do Inmetro. Suspensão frontal pelo sistema Mc Pherson, melhorado ao beirar 6 décadas de criação pela substituição dos batentes rígidos por calço hidráulico. Traseira eixo rígido torcional.
A carroceria ganhou tratamento anti térmico e ruído, porém insuficiente para abafar os ruídos do motor, especialmente após 3.500 rpm.
Mudança
O City, antes visto como carro de executivo jr ou casal com filhos pequenos, pelas linhas e conjunto de decoração e confortos, buscará outros segmentos de público, tornando-se concorrente do Civic. Entre os dois 500 diferenças – os centímetros cúbicos entre o 1.5 do City e o 2.0 do Civic. Manterá os clientes da modelia anterior, mas ampliará seu uso, querendo seduzir clientes de outras faixas etárias e renda.
Quanto
Quatro versões em decoração e transmissão. Carro de entrada DX mecânico é bem completo e não tem cara de pobreza em conteúdo. Demais somam equipamentos e aumentam o conforto operacional.
Qual | Quantos R$ | % do mix de produção |
DX manual | 53.900 | 4 |
LX CVT | 62.900 | 36 |
EX CVT | 66.700 | 25 |
EXL CVT | 69.000 | 35% |
Início de vendas nesta semana, campanha publicitária na próxima.
Novo City concorrerá em casa com Civic.
Em um mês, a Autoclásica 2014
Alerta é válido. A cada ano o maior encontro sul americano de veículos antigos atrai mais colecionadores brasileiros, expandindo presença tanto por interesse no tema, quanto por curiosidade ante os laudatórios adjetivos a descrevê-lo.
Em termos de Brasil é superlativo – educativo, cultural. E, além da variedade e qualidade dos itens expostos, ocasião de admirar características diferenciativas dos colecionadores do país vizinho, sua atração por produtos europeus elaborados, a preocupação em preservar produtos, conceito que permeia desde a Presidência da Nação, conservando seus veículos antigos, até antigos pilotos e suas eradas máquinas de corrida. Aqui, resultado da herança colonial, pensamos no hoje, damos valor à moda importada, desprezamos nossa história. Assim, enviamos nosso passado automobilístico à degradação e à sucata.
Última edição reuniu 600 automóveis, 300 motos, maquinário antigo, veículos militares, miniaturas, carros da indústria argentina, e as humilhantes réplicas, tal a perfeição de detalhes. Neste segmento na exposição devem luzir novas criações. A atividade, anteriormente proscrita, renasceu por recente projeto transformado em lei.
União
Colecionadores deveriam ir, levando junto presidentes de clubes, para exibir-lhes o espírito do negócio, de encontro de agremiações, com inscrições por eles veiculadas. Apenas expositores extras, como hipotético automóvel antigo preso a inventário e dado como desaparecido há anos, ou a meia dúzia de colecionadores brasileiros lá presentes, conseguem inscrição extra clube. Assim, é esforço comum, somando vontades para garantir o êxito que se espraia sobre todos os participantes, permite definir temas para dar aula de história ao vivo. Este ano, por exemplo, um deles é o aniversário do Alfa Romeo modelo Alfetta. Ou seja, sócio do clube Alfa Romeo sem tal modelo, nada pode expor.
Autoclásica 2014 correrá de 9 a 13 de outubro, segunda feira, feriado argentino. Os veículos – a maioria a nós desconhecida -, o volume de raridades, e a feira de peças, acessórios e literatura são espetáculo instigante. Vale o registro quanto ao prazo, pois com o passar dos dias as passagens de avião reduzem as reservas e sobem os preços, mesmo para as diárias de hotel.
Lembrete, o câmbio oficial há dias era de 1 US$ = 8,20 pesos argentinos. No paralelo chegou a 14 pesos. Mais www.autoclasica.com
Cartaz da Autoclásica
Roda-a-Roda
Caminho – Como conciliar exigências de comportamento e conforto, com a imagem de veículo de atitude, como os identificados como Jeep ? A divisão da marca passou pela dificuldade ao preparar a nova geração do Cherokee.
Base – Estrutura é boa, motor menor, elevada potência específica: V6, 3,2 litros e 271 cv, transmissão automática em nove marchas, suspensões independentes. A combinação estética terá opiniões antagônicas.
Desentendimento – Os pequenos faróis em LEDs não se harmonizam com o volume do Cherokee: são desproporcionalmente reduzidos. Versão Limited R$ 174.900; Longitude, de entrada, próximo lançamento, R$ 159.900; Trailhawk, equipada ao Off Road, R$ 189.900.
Novo Cherokee, faróis descombinam
Jogo Duro – Versão Trailhawk – nome ruim, lembra o Trailblazer da GM, insucesso em vendas -, é rotulado pelo emblema Trail Rated, identificando a versão autêntica do cumprir o prometido pelo visual.
Ocasião – Alfa Romeo tem data para lançar o primeiro produto de seu resgate, início do grande plano de mudanças: 25 de junho de 2015 – cento e cinco anos e um dia após ser criada no longínquo 1910. Na ocasião um novo sedã médio, marcando a volta da tração traseira. É o Projeto Giulia.
Quadri Diesel – Novidade num segmento de veículos abrindo seu espaço no Brasil: Quadriclo com motor diesel, pela Polaris. No pacote, design renovado, mudanças na suspensão e mais espaço aos seis ocupantes.
Leque – Motor diesel, 3 cilindros, 1.028 cm3, de modestos 24 cv de potência. No outro extremo da linha, o dito side by side com tração elétrica. Preços: diesel R$ 72.990; elétrico, R$ 41.900.
Visão – Polaris abriu trilha larga para estes veículos, ideais ao uso em vias sem pavimento, campo, lugares ínvios. Mira o mercado profissional, não apenas o de lazer.
‘O Neill – Mitsubishi terá série especial do TR4 identificada com Jack O’Neill, mago do equipamento de surfe na Califórnia. 600 unidades, cores verde floresta e prata cool, tração 4×4 rodas, câmbio automático, bobagens como o eufemisticamente chamado para choques de impulsão – um mata cachorro. Leva plaquinha no painel e custa R$ 82.990.
Conforto – Renaults Sandero e Logan oferecem automatizador para a transmissão mecânica. Chama Easy’R e opção custa R$ 2.400. Tecnologia alemã ZF e sistema muito assemelhado às características dos Dualogic Fiat.
Promoter – Governos com os engarrafamentos criados pela falta de planejamento, são os maiores promotores de venda dos câmbios automáticos e automatizados. Para e anda de nossas cidades com embreagem é esforço desgastante e desnecessário.
Adeus – GM suspendeu importações do argentino Chevrolet Agile. Carrinho chinfrim, porém rentável. O traço de Carlos Barba re aproveitou a plataforma do Corsa de 1994, piorada pelos engenheiros ao remover o sub chassis da suspensão dianteira. Máquina do tempo, linhas novas, andar antigo. Vendas com rápido e pronunciado declínio. Em agosto menos de 2 por concessionário.
Adeus, 2 e 3 – Cortes também atingiram os Sonic hatch e sedã. Coreanos mandados à produção no México, eram de lá importados para substituir o Astra, sem êxito. Cortar a importação parece solução comercial e legal, para re arranjo da cota de importação, aumentando volume do SUV Tracker.
Adeus ? – Não parece longa a estrada para o picape Montana, montado na mesma provecta plataforma do Agile.
Adeus, 4 e 5 – Mesmas razões e o fato de agora ter usina própria em Resende, RJ, levam à Nissan a idêntica decisão: suprimir os Livina, feitos na Renault, beiradas de Curitiba.
Futuro – Salão de Paris grupo PSA, de Peugeot e Citroën, fará efeito demonstração de trabalho e fé no futuro. Peugeot apresentará o 208 HYbrid Air 2L, síntese de tecnologia para cumprir imposição do governo francês: consumo de 50 km/litro até 2020 para reduzir emissões.
Futuro, 2 – Norma oficial não quer carros voadores ou tecnologias de histórias em quadrinhos, mas coisas factíveis, com a estrutura industrial de hoje. Primeiro passo, a Peugeot pesquisa novos materiais, como compósitos e alumínio, além de novas tecnologias em montagem. Um dos caminhos é reduzir peso.
Razão – Nome do carro vem do uso do motor 3 cilindros, 1,2 litro a gasolina, acabado com materiais de baixa abrasão, câmbio de 5 marchas, e um adjutório a ar comprimido abaixo do porta malas, mais um sistema hidráulico.
Jeitinho – Para aumentar vendas Audi e seu banco criaram nova aritmética de financiamento: entrada de 20%, 23 prestações representando 30% do valor. Ao final, parcela de 50% e possibilidade de recompra por concessionária Audi, servindo o usado para renovar a conta com um Audi 2017.
Brimos – Parece conta de árabe, e é um dos planos mais criativos surgidos no mercado, ao atrair clientes pessoa jurídica, e outros que nunca consideraram a possibilidade de comprar um Audi. Vende carros, fideliza a nova clientela, capaz de trocar de carro novo a cada 2 anos, – e causa inveja aos vizinhos.
Promoção – Importador Subaru promove o modelo Forester Sport até o final do mês: taxa de juro zero, entrada de 60% e 18x de R$ 2.686,03. Preço inicial, R$ 115.900.
Moda – Na atual moda do empreendedorismo culinário, os Food Trucks tem crescimento sensível, merecendo até o recente filme Chef. Fábrica de reboques, a Truckvan lança o seu e dá uma força para o chefe/empreendedor: faz locação por evento ou prazo.
Mais – Cooperativa de transportes em Salvador comprou 131 ônibus MA 15.0 da Agrale. Renovação da frota. Operadores justificam por melhor consumo e mais resistência. Cooperativa significa 10% da frota de ônibus da capital baiana.
Conselho – Anfape, grêmio dos fabricantes de autopeças, orienta como solicitar orçamento. Pedir dois ao mesmo profissional ou oficina. Além do valor da mão de obra, comum a ambos num, o valor das peças nas revendas da marca. Noutro, cotação em lojas de autopeças, mesmas fornecidas às montadoras, porém mais baratas.
Idem – Não use peças quase novas compradas em ferro velho ou desmanche.
Negócio – Vigor na aplicação da Lei Seca reduziu sensivelmente mortes e feridos no trânsito – números oficiais não se combinam. Mas há consciência da opção de andar de taxi para quem vai beber.
Expansão – Easy Taxi, programa criado para chama-los pelo celular, surfa nesta maré, com grande expansão graças às suas características: rápida localização e atendimento, possibilidade de pagamento através do celular, oportunidade de convênios com empresas. Criada em 2011 já está em 33 países a partir do Brasil.
A fim – Ator e ex governador da California Arnold Schwarzeneger, colocou à venda insólito veículo: Unimog 1977 U1300SE incrementado em aparência e performance: motor 6.4 turbo diesel e 320 cv, pneus Michelin 445×65 XXEL, grade frontal e apenas 21.000 km. Veículo leve, preço pesado: 280 mil euros – uns R$ 900 mil. Afim ? Pode ser importado como veículo antigo.
Classe – Seguindo outras marcas, Mercedes é exponencial no negócio, Jaguar aproveitou a ideia de construir artesanalmente 6 unidades do modelo E-Type Lightweight, com carroceria em alumínio, e usará instalações da histórica fábrica de Browns Lane, Coventry, Inglaterra, onde fez os primeiros E Type, criando oficina para restaurar e assistir antigos carros da marca.
Mais – Não se entusiasme muito. Se você tiver um desejadíssimo SS, mítico pré Guerra, não será atendido. A oficina se dedicará a carros após 1948, quando lançado o XK 120, iniciador da variação esportiva. A fim? +44(0) 203 601 1255 ou e-mail heritage@jaguar.com