Coluna “Vamos nos divertir?” – Por chico lelis

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Regra é regra. Só falta planejamento

 

A turma em Sampa anda meio revoltada com a diminuição da velocidade nas vias da Capital. Salvo as marginais, nestas sim uma burrice, as demais deveriam realmente sofrer esta queda. Não se justifica, por exemplo, a avenida que passa entre o parque Ibirapuera e a Assembléia Legislativa, permitir 60 km/h, com aquele monte de gente que a atravessa diariamente e, principalmente, nos finais de semana. Mas lá tão as placas: Velocidade máxima 60 km/h. Absurdo! Na Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, em Pinheiro, a mesma coisa, com desvantagem para os milhares de  pedestres da primeira. Mas não, a PMSP fica fazendo por partes, tal e qual Jack, o Estripador. É só para gerar polêmica, ao invés de determinar tudo de uma vez, o faz aos poucos, para criar confusão. Parece coisa de moleque. Talvez seja mesmo.

Mas, para os pedestres, nada!

A boa regra, que a CET diz gostar de cumprir – mas o que gosta mesmo é de multar para encher “as burras” – diz que a faixa de pedestres deve distar-se 10 metros após a esquina. Assim, os veículos têm espaço para dobrar numa rua, sem causar transtorno ao flux daquela que deixaram. Pois experimente andar por toda a Paulista, a queridinha do prefeito topete. Em  todas as transversais, a faixa de travessias fica a menos de um metro da esquina. Assim, cumprindo a regra que manda – acertadamente (mas esta regra não é da CET, pois ela parece não conhecer nenhuma a não ser a de multar) – o motorista dá preferência para a travessia de pedestre. O que vem logo a seguir para também. E a faixa de ônibus da Paulista também fica estagnada. E o pessoal da CET, vendo a bagunça pelas câmeras de controle, devem fazer xixi nas calças de tanto rir de nós, seus palhaços. Com a faixa de pedestres dez metros para dentro, não haveria o problema. 

E ainda falta falar da inexistência de semáforos inteligentes na cidade. Quem é bem intencionado, dirige um a cidade e diz se preocupar com o bem estar dos seus moradores, deveria usar seus poderes para mandar colocar destas máquinas nas vias mais movimentadas para que o trânsito andasse melhor. E não seriam só os automóveis, viu excelência topetuda, mas também os ônibus andariam mais rápida  to,mando menos tempo do trabalhador na volta para casa. Mas acho que que,m manda nesta cidade não quer o bem da população.

Brasilia

 

 

Brasília, o exemplo 

 

Por mais que você não acredite, porque parece incrível, mas a nossa capital Federal, Brasília, lá no Planalto Central. tem um exemplo, correto, honesto, para o resto do País e até para outras grande cidade espalhadas pelo mundo, onde existe civilidade no trânsito. É que, quando Lúcio Costa e Niemeyer planejaram a cidade, nunca pensaram em semáforos, porque não criaram esquinas e, consequentemente, nada de cruzamentos, certo? Aliás, Brasília é injustamente criticada por “não ter esquinas onde as pessoas se encontram”. Lá, imperam as rotatórias – muitas delas – para ordenar o tráfego, sem semáforos.

Entretanto, com o crescimento da cidade, houve a necessidade se se instalar estes controladores de tráfego que, aqui em Sampa, estão sempre “embandeirados” e nos causam mais problemas que nos ajudam a transpor os cruzamentos. O que se vê mais por lá, é algo que surpreende, especialmente a nós paulistanos/paulistas. Preste atenção e imagine esta cena: o pedestres se aproxima da beira da calçada, mira a faixa de segurança e, se não estiver atentando contra a própria vida, o carro que segue na rua vai parar para que a pessoas atravesse na maior tranquilidade, até alcançar o outro lado da rua, como manda a lei.

Nas rotatórias, respeito ao carro que já está nela. Bem diferente do que temos por aqui, não? Isto por aqui é difícil de ver. E poucos se arriscam a usar do seu direito.

Eu acho que o segredo a esta obediência aos deveres do trânsito está no fato que os políticos não dirigem lá. Imaginem se não fossem seus motoristas, a cidade já teria só metade da população. Imaginem deputados, senadores, ministros, chefes de gabinetes e, quem sabe, presidentes ao volantes, com sua arrogância autoritária. Os pedestres estavam “fritos”.