Trafegar com o sistema de iluminação do veículo deficiente, além de ser passível de multa, conforme o Art. 230 – XXII – do Código de Trânsito Brasileiro, pode comprometer a segurança no trânsito e ocasionar graves acidentes. “A qualquer um que esteja habituado a observar a circulação de veículos, é comum verificar um dos faróis apagado ou mesmo ambos os faróis com iluminamento reduzido, em comparação com o sistema de iluminação de outros veículos, sendo que este mesmo problema se observa nas lanternas traseiras”, afirma Egidio Vertamatti, gerente de engenharia da Arteb. Ele explica que isto ocorre com certa frequência porque, em geral, o consumidor realiza a troca das lâmpadas apenas quando se dá conta ou é avisado de que elas queimaram.
“O ideal é que a troca seja feita periodicamente, antes que o desgaste inerente ao uso se acentue e o condutor tenha parte do seu sistema de iluminação comprometido”, alerta. É aconselhável ter sempre um conjunto reserva de lâmpadas para assegurar a substituição em situações adversas, como durante viagens.
Atenção
Segundo Vertamatti, para garantir o funcionamento adequado do sistema de iluminação, é preciso que a conexão elétrica, sempre que retirada para a troca das lâmpadas, seja recolocada com cautela para que não sofra alterações das condições normais de uso, pois o encaixe parcial deixaria o conector propício a soltura ou intermitências de sinal elétrico.
A parte de vedação do farol também deve ser retirada e, ao fim do procedimento, recolocado sem alterações quanto à localização, encaixe e fixação dos componentes. “Aqui todo cuidado é importante já que este componente é responsável por preservar o interior do farol quanto maximamente imune à entrada de água”, adverte.
Ele lembra que o encaixe e a fixação da lâmpada requerem atenção, sobretudo para que sejam evitadas quaisquer modificações no posicionamento da lâmpada e, com isso, consiga preservar a situação correspondente ao projeto óptico, desenvolvido pelo fabricante.
Após todo o procedimento de troca da lâmpada, é fundamental conferir a regulagem dos faróis, pois as variações dimensionais entre lâmpadas podem resultar em mudança de alinhamento da projeção luminosa.
Além destes cuidados, para manter a qualidade e eficiência do sistema de iluminação, é preciso ficar atento quanto à procedência das marcas e à compatibilidade técnica do modelo adquirido (mesmas potência e cor, por exemplo). Por fim, a substituição deve ocorrer sempre em pares, pois quando um filamento falha, o outro está na iminência de apresentar o mesmo problema.