Fiat Toro Ranch tem desempenho e conforto de sedan de luxo

 

Ela chegou para ser top de linha da Fiat Toro, cargo que divide hoje com a Ultra. A grande diferença da Toro Ranch para as demais (tirando obviamente a Ultra) é o alto nível de equipamentos. Sem dúvidas, uma das picapes mais bem equipadas e confortáveis do mercado nacional.

Ao feliz design, tanto que a picape Strada, a mais vendida do mercado nacional na nova geração vai ser a cara dela, juntam-se as rodas de 18 polegadas na cor prata, barras no teto, retrovisores, engate de reboque removível e santantônio cromado. Os estribos nas laterais, soleira na porta metálica, para-barros e protetor do tanque de combustível dão o diferencial ao exterior. Os faróis principais têm LEDs de uso diurno com acionamento automático. Os limpadores de para-brisas também são automáticos.

A Toro é uma picape intermediária, mas para quem usa no dia-a-dia e no trânsito urbano, tem a vantagem de ter um bom espaço interno sem ser demasiadamente grande. Há proprietários de picape que quase nunca usam a caçamba. Têm uma picape porque gostam do modelo. A Toro possui 4,94 metros de comprimento, 1,84 m de largura e 2,99 m de distância entre os eixos. Isso garante um bom espaço interno para quatro pessoas. Apesar de oficialmente ter autorização para transportar três pessoas no banco traseiro, e até conseguir, não fica nada confortável. O bom é para dois passageiros. Esses vão bem e os bancos dão tranquilidade para uma viagem mais longa. Diga-se de passagem, nem nas picapes médias, três passageiros no banco traseiro vão bem.

Aliás, além dos bancos confortáveis, o acabamento é muito bom.

A Fiat caprichou no interior com os bancos em couro marrom com o logotipo Ranch estampado nos encostos dianteiros, nos tapetes de carpete, console central e portas dianteiras. O mesmo tom marrom está nos painéis da porta e apoio de braços, costura da coifa do câmbio, freio de mão e volante, moldura do rádio, saídas de ar e alças da porta. Um tom mais escuro do marrom é encontrado no revestimento do teto e colunas, alça de segurança, porta-óculos, para-sol, comando de luzes interna e parte inferior do painel e console.

Tudo com muito bom gosto e agradável. A picape Ranch não fica nada a dever a um sedã de luxo. O conforto é preenchido com ar-condicionado com duas zonas e central multimídia. Na tela de sete polegadas sensível ao toque é possível ajustar o sistema de som, acionar o navegador GPS e outras dezenas de funções. O painel é de muito fácil leitura.

As facilidades, que são muitas, ainda contam com porta-objetos do console central entre os bancos dianteiros, refrigerado, e para ligar o motor é só acionar o botão no painel. Se quiser mais mordomia, é possível ligar o motor pelo controle remoto, para, quanto entrar na picape, encontrar o interior climatizado a seu gosto. Para segurança, a Ranch conta com câmera de ré e os faróis de neblina mudam a direção do facho automaticamente para iluminar as curvas e dar maior visibilidade.

Andar na Toro Ranch é sem dúvida um prazer. O motor de dois litros turbodiesel de 170 cv e 35,9 mkgf de torque a 1750 rpm é muito competente e garante um bom desempenho, tanto na estrada como na cidade. A transmissão automática de nove velocidades está muito bem “alinhada” com o motor. A tração pode ser 4X2, integral nas quatro rodas e ainda tem a reduzida. Os freios param a Ranch em espaços razoáveis e sem sustos. Outro destaque é para a estabilidade. Muito boa e transmite confiança para quem a estiver dirigindo.

A média de consumo entre estrada e cidade é de 10 quilômetros por litro. Mas em velocidades constantes na estrada, é possível fazer médias de quase 13 quilômetros por litro, o que dá uma autonomia de até 750 quilômetros. A direção elétrica é muito boa e transmite segurança para o motorista. Porém, o raio de giro é ruim, poderia ser maior. Falicitaria muito ao retornar numa rua ou até em estacionamentos.