A Ford está desenvolvendo uma tecnologia que permitirá inovar na produção de peças metálicas estampadas em pequena quantidade, reduzindo os custos e o tempo de moldagem. Ela se chama “Ford Freeform Fabrication Technology”, ou F3T, e foi desenvolvida e patenteada pelo Centro de Pesquisa e Inovação da Ford.
Nesse processo, uma chapa de metal é presa nas bordas e moldada em formato 3D por duas ferramentas do tipo caneta, que trabalham simultaneamente de ambos os lados. Como em uma impressora digital, a máquina F3T dá forma à chapa seguindo os dados do projeto gerado por computador, como mostra este vídeo (em inglês): http://www.youtube.com/watch?v=Wl5_wUVxRvw.
“A tecnologia por trás da F3T é mais um exemplo da liderança da Ford no campo da manufatura avançada”, diz John Fleming, vice-presidente executivo de manufatura global e relações trabalhistas da Ford. “Assim como outras tecnologias de ponta, como a montagem flexível de carrocerias, a robótica, a impressão 3D e a realidade virtual, a F3T é uma inovação que nos ajudará a ser mais eficientes e oferecer produtos ainda melhores.”
Os processos tradicionais de estamparia têm um consumo intensivo de energia e exigem vários meses até que a primeira peça seja produzida. Eles continuam sendo o método mais eficiente para a produção de altos volumes. A F3T oferece uma série de vantagens para a produção de baixos volumes:
- Baixo custo: o uso de estampos é totalmente eliminado, assim como o alto custo e tempo associado à sua engenharia, construção e usinagem.
- Rapidez na entrega: o objetivo da nova tecnologia é permitir a entrega de uma peça estampada de metal em três dias úteis a partir do recebimento do projeto. No método convencional, esse processo leva de dois a seis meses – um tempo até 60 vezes maior que a F3T.
- Mais flexibilidade: quando totalmente desenvolvida, a F3T ajudará a melhorar o processo de pesquisa e desenvolvimento de veículos, com mais flexibilidade e rapidez na criação de peças para protótipos e conceitos. Hoje, a produção do molde de um protótipo pode levar de seis a oito semanas e o desenvolvimento de um protótipo completo, vários meses, ao custo de centenas de milhares de dólares. A F3T poderia produzir peças de metal para protótipos em poucos dias e praticamente sem custo.
A F3T também poderá ser usada na personalização de veículos, permitindo aos compradores customizar partes da carroceria. Além disso, tem um amplo campo de aplicações fora da indústria automotiva, incluindo os segmentos aeroespacial, de defesa, transporte e indústria.
O projeto faz parte de um programa do Departamento de Energia dos Estados Unidos para o desenvolvimento de processos de manufatura mais eficientes no consumo de energia. Ele é liderado pela Ford e também conta com a colaboração de parceiros como Northwestern University, Boeing e Massachusetts Institute of Technology.
“O processo de estampagem F3T é uma das muitas tecnologias avançadas de manufatura em desenvolvimento na Ford”, diz Randy Visitainer, diretor de Pesquisa e Inovação. “Desenvolvemos esse processo durante os últimos quatro anos para aplicações de pequena escala em laboratório e o apoio do Departamento de Energia permitirá levar o seu uso a um novo nível.”