Kolberg inova e vai correr Sertões com diesel de cana

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Com o histórico de ser um dos dois primeiros brasileiros a desbravar o então desconhecido Rally Paris-Dakar, em 1988, e com 23 participações na mais difícil competição off-road do mundo, na qual também foi precursor com um veículo movido a etanol de cana-de-açúcar, o piloto Klever Kolberg novamente demonstra o seu espírito pioneiro e se lança em um projeto extremamente inovador no esporte a motor mundial.
Comemorando a marca de 28 anos em competições off-road com um retorno aos eventos nacionais, Kolberg disputará o Rally dos Sertões 2013 pilotando um carro movido a diesel produzido a partir da de cana-de-açúcar do Brasil, produto que reduz em até 82% as emissões de gases do efeito estufa em comparação ao diesel S-10, mantendo a mesma eficiência e com zero de enxofre em sua composição, reduzindo a emissão de materiais particulados.
A 21ª edição do Rally dos Sertões tem como pontos de partida e chegada à cidade de Goiânia (GO), começa no dia 25 de julho e percorrerá 4.115 quilômetros no coração do Brasil até o dia 3 de agosto.
O carro a ser conduzido por Kolberg é o protótipo T-Rex, da equipe Mobil MEM Motorsport, que participa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country tendo como piloto Marcos Moraes, diretor-presidente da Dunas Race, organizadora do Rally dos Sertões. O carro é equipado com um motor MWM MaxxForce 3.0HS Turbo Diesel Intercooler, um quatro cilindros que foi preparado para desenvolver 240 cavalos de potência.

Logística Complexa

O Rally dos Sertões 2013 terá um prólogo mais nove etapas com até 746 quilômetros totais. Nos acampamentos o carro será abastecido com os 1.100 litros de diesel de cana-de-açúcar que a equipe irá transportar dia após dia. “Não é um produto disponível para venda nos postos de combustível que estão no roteiro da prova, então mais uma vez vamos dispor de um apoio logístico para transportar o combustível”, disse Klever. Quando disputou o Dakar de 2010 com um carro movido a etanol, a situação foi parecida: sua equipe tinha que transportar o combustível, já que nem na Argentina e nem no Chile havia etanol à disposição.
Entretanto, desta vez os volumes são menores, pois o diesel de cana é um combustível com energia mais concentrada e que tem o mesmo baixo consumo por quilômetro rodado do diesel convencional. Na ocasião, o carro de Kolberg tinha um tanque com capacidade para 530 litros de etanol. No caso atual não será necessário aumentar o tamanho do tanque, mantendo assim a competitividade do veículo, que levará 335 litros do combustível.
Na realização do projeto, Klever e a equipe contam com o apoio da Mobil, Amyris Brasil, Dakar – Inovação e Empreendedorismo, Artfix, Sparco, MWM, Borg Warner e Única