Coluna “Andando de carro“ – Especial para o www.acidadeon/campinas.com – 26.07.2019
Vida boa
Mordomia é pecado? É para quem não pode. Pense em você num final de semana de tempo firme, desfilando numa estrada com a nova geração do Mercedes-Benz C 300. Pois é, para quem quer esse luxo, a marca alemã já está vendendo no Brasil os novos C 300 Cabriolet e o Coupé Sport. Mais potentes e com design mais sofisticado, contam com um motor de dois litros, quatro cilindros, que desenvolve 258 cavalos de potência a 5.800 rpm e incríveis 370 Nm de torque a 1800 rpm. Os modelos aceleram de 0 a 100 km/h em cerca de 6,2 segundos (o conversível é mais pesado) e 6 segundos (o coupé). A velocidade máxima é limitada em 250 km/hora. O câmbio de nove velocidades conta com as borboletas no volante, para uma tocada mais esportiva.
Preço da mordomia: Cabriolet, R$ 313 mil, e o Coupé, R$ 289 mil.
Ah, no caso do conversível, o auge da mordomia chega em apenas 20 segundos. É o tempo que demora para abaixar a capota.
Sedã familiar veloz
E a Jaguar bateu seu próprio recorde de velocidade para um sedã de produção. A marca inglesa desenvolveu o Jaguar XE SV Project 8 e o levou para o lendário e espetacular circuito alemão de Nürburgring Nordschleife. No circuito, de quase 22 quilômetros, o modelo marcou 7 minutos e 18.361segundos, 2,9 segundos mais rápido que seu recorde anterior, registrado em novembro de 2017. O tempo marcado é 7 segundos menor do que o de qualquer outro sedã de produção. O modelo, com mais de 600 cavalos de potência, atingiu sua velocidade máxima, os 320 quilômetros por hora.
Trem elétrico
E a moda agora são os modelos elétricos, híbridos e as suas “aptidões”. A Ford já afirmou que pretende em breve lançar o seu fenômeno de vendas, a F-150, totalmente elétrica. No ano que vem, chega a versão hibrida. E já apresentou o seu protótipo totalmente elétrico em grande estilo. A F-150 elétrica mostrou toda a sua força puxando dez vagões com 42 unidades de F-150 à gasolina em cima. Ao total, a F-150 elétrica puxou nada menos que 560 toneladas. O teste-apresentação foi realizado em duas etapas: a primeira rebocou 10 vagões de carga com 453 toneladas por cerca de 300 metros; na segunda parte, a F-150 fez o mesmo percurso só que puxando além dos vagões, as 42 picapes. Por que 42 picapes? A F-150 foi lançada no mercado dos EUA há 42 anos.
Mito faz 60 anos
Há 60 anos, o Festival de Velocidade de Goodwood, West Sussex, na Inglaterra, é um sonho para quem gosta de carros de corrida. Lá, todos os anos, em julho, podem ser vistos praticamente todos os carros que contam a história do automobilismo mundial. Em 2019, a Mini comemorou os 60 anos da marca no Festival, com o lendário Mini Rali de Monte Carlo, campeão da prova em 1964, pilotado pelo irlandês Paddy Hopkirk. Entre vários “mimos”, estava uma versão do clássico Mini Cooper, customizado pelo cantor britânico David Bowie. Caracterizado pela carroceria cromada e alçado ao status de obra de arte, o Mini de Bowie fez parte das celebrações do 40º aniversário da fabricante britânica, em 1999. A marca aproveitou e lançou o Mini 60 anos, na tradicional cor da Inglaterra, verde escuro.
Situação difícil
Em 1999, o grupo automotivo japonês Nissan quase foi à falência. Adquirida pela Renault e recuperada pelo franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn (nascido em Rondônia) no início dos anos 2000, parece que volta a ter dificuldades financeiras. A marca anunciou a demissão de 12.500 trabalhadores e a redução de sua produção em 10% até 2022/2023. A enorme queda nos lucros no primeiro trimestre do ano fiscal 2019/20 (abril-junho) e no volume de negócios, que recuou 12,7% no mesmo período, acendeu o farol vermelho. Em maio deste ano, o presidente executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, prometeu “reformas drásticas”. Entre outras, duas causas ajudaram nessa queda: as vendas nos Estados Unidos caíram 9,3% e as vendas na Europa 17,8%; e a prisão de seu salvador, o então presidente das marcas Renault/Nissan, Carlos Ghosn, em 19 de novembro, por supostas irregularidades financeiras.
Painel de cinco telas
A Honda promete para 2020 o seu compacto totalmente elétrico. Em alguns países, já está até em pré-venda. O Honda E é derivado do Urban EV, conceito que correu o mundo em diversos salões de automóvel. Com um design agradável e sem aquelas linhas muito futurísticas, lembra muito o modelo 600 da década de 70. O modelo terá tração traseira e um motor elétrico. A autonomia será superior a 200 km com uma carga completa. Mas o que mais chama atenção é que, no painel, o Honda E terá cinco telas de alta resolução que, além de passar todas as informações tradicionais, ainda são os retrovisores laterais e traseiro do carro.
Futuro na palma da mão
Com o lançamento do VW Virtus, em 2018, a marca alemã inovou mundialmente ao utilizar inteligência artificial do IBM Watson para responder a perguntas sobre o funcionamento do carro. Foi o Manual Cognitivo do Virtus. Lá, o sistema estava disponível apenas em português e preparado para reponder 10 mil perguntas. Nos lançamentos que se seguiram, Tiguan, Jetta e o T-Cross, esse sistema ficou apto a responder 13 mil perguntas. E tendo como base o sistema de Inteligência Artificial, a área de Recursos Humanos da Volkswagen desenvolveu o Assistente Cognitivo. Ele é acessível aos 15.500 empregados da marca em todo o Brasil, por meio de um aplicativo, sendo capaz de responder as perguntas sobre saldo de férias, banco de horas, plano médico, entre outros diversos serviços.