Magneti Marelli comemora 10 anos do Flex

A Magneti Marelli, uma das principais fabricantes de sistemas e componentes automotivos do mundo, comemora os 10 anos de seu pioneirismo com a tecnologia flexfuel no mercado brasileiro. Lançado em 2003, o SFS (Softtware Flexfuel Sensor) revolucionou a indústria automobilística, equipando o Volkswagen Gol, primeiro modelo nacional a contar com o sistema. Este software gerencia a queima do álcool, da gasolina ou de qualquer proporção de mistura entre os dois combustíveis no motor.

Durante essa última década, a Magneti Marelli tem trabalhado para tornar o software ainda mais eficiente, cada vez mais reduzindo as emissões de poluentes do veículo. “Além da evolução contínua do SFS®, desenvolvemos bicos injetores específicos para motores flex. Foram investidos US$ 25 milhões nessa nova linha, para oferecermos um produto mais compatível com esse sistema e, assim, aumentar sua eficiência”, comenta Rogério Lessa, diretor da unidade Powertrain da Magneti Marelli.

O executivo destaca que a tecnologia está consolidada e até o final de 2014 a sistemista apresentará uma nova geração de ECU (Electronic Control Unit ou unidade de controle eletrônico). “Está em desenvolvimento uma nova geração de ECU com ainda mais capacidade de processamento de dados, que integra novos algoritmos de cálculo, entre eles, um que utiliza também o ruído emitido pelo motor durante a combustão, identificando a mistura e tornando o trabalho do SFS ainda mais eficaz e, consequentemente, reduzindo o consumo e a emissão de poluentes. Além disso, estamos trabalhando em sistemas de injeção direta para motores flex, que devem estar no mercado até o início de 2015.”

Programa

O SFS é um avançado algoritmo (programa) de cálculo inserido no módulo de comando da injeção eletrônica, também conhecido como centralina. Ele identifica e quantifica a mistura entre álcool e gasolina do tanque, utilizando informações recebidas de sensores instalados em todo o sistema de injeção de combustível, entre eles a sonda lambda, localizada no escapamento, sensores de detonação, rotação, velocidade e temperatura.

A partir dessas informações, o algoritmo determina a quantidade de combustível que será injetada no motor e também o instante da faísca que vai saltar da vela para efetuar a queima dessa mistura – os sistemas bicombustíveis existentes em outros países exigem a inclusão de um sensor físico de alto custo para fazer este tipo de análise, algo desnecessário no caso do SFS.

Para o consumidor, a principal vantagem do sistema flexfuel é poder escolher o combustível com melhor relação custo benefício. Estudos apontam que a utilização do combustível derivado do petróleo tem ocasionado danos ao meio ambiente, devido à alta emissão de CO2 (dióxido de carbono). O combustível vegetal tem uma queima mais completa, reduzindo a quantidade de poluentes na atmosfera e garantindo um balanço neutro em termos de CO2.

Atualmente, a Magneti Marelli é líder no segmento de bicombustíveis no mercado brasileiro e fornece seu sistema para as montadoras CAOA/Hyundai, Fiat, Ford, Mitsubishi, PSA Peugeot Citroën e Volkswagen.