Há 50 anos, a Renault lançava na França, o carro que se transformaria no maior sucesso em todo o mundo. De uma idéia futurística do então presidente da Renault, Pierre Drefus, chegava ao mercado o Renault R4 para ser um carro globalizado. Além de revolucionário, ditou uma tendência da marca francesa por muitos e muitos anos. Com uma proposta de ser um carro versátil, muito econômico e preparado para ser vendido em todo o mundo, o primeiro Renault com tração dianteira, foi apresentado no Salão do Automóvel de Paris, em 1961.
Com três versões de acabamento, o R4 atendia com louvor ao conceito inicial. Com linhas retas e simples, espartano por dentro e com preço baixo, o R4 logo se tornou um sucesso de vendas. Hoje, talvez mais elitizado nas linhas e no acabamento, seria um crossover. O sucesso do produto era tão grande que, ao final de 30 anos do início da sua produção, o modelo era vendido em 28 países e fabricado em pelo menos 12.
Na America do Sul, foram vendidas milhares de unidades na Argentina e no Chile. No Brasil, apenas com colecionadores, apenas algumas unidades. O Renault R4 era realmente fantástico, pois com grande modular idade interna, poderia ser um carro de passeio e em pouco segundo uma perua ou uma minivan para carga. Além disso, a sua altura e suspensão permitiam o carro andar com facilidade no fora-de-estrada. Ou seja, como falavam na época, era pau-pra-toda-a-obra. Ao longo dos anos, houve diversas alterações mecânicas. No primeiro momento o R4 surgiu com um motor de quatro cilindros de 603 cc e 20 cv com caixa de três velocidades. Passado alguns anos, a cilindrada aumentou para 747 cc, e depois para 782 cc, 845 cc, 852 cc e 956 cc, até chegar a 1108 centímetros cúbicos e um câmbio de quatro velocidades. Uma coisa curiosa do Renault R4, e que depois se estendeu para vários modelos da marca francesa, era que o varão do câmbio saia do centro do painel, próximo ao volante. Os engates eram iguais ao câmbio no chão, em “H” e a primeira pra frente. Era muito pratico, já que o motorista não tinha que ficar procurando a alavanca no chão. Mesmo com toda a simplicidade, o R4 participou de varias competições, entre os quais o Rally de Monte Carlo e o Paris-Dakar, onde conseguiu um terceiro lugar, com uma versão quatro-por-quatro. Por conta das leis de emissão de poluentes, em 1992, o Renault R4 deixou de ser fabricado.