Citroën se dá bem no Índice de Danos de Enchente do Cesvi


Os modelos da Citroën terminaram entre os mais bem avaliados no Índice de Danos de Enchente do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária). O índice avalia o risco que cada veículo pode sofrer em enchentes, em função de suas características mecânicas e eletroeletrônicas. Os modelos Citroën avaliados ficaram sempre acima da média, com avaliações entre 2 e 3,5 estrelas em uma escala que premia com quatro estrelas os veículos menos suscetíveis a danos causados por enchentes.

No estudo do Cesvi Brasil, os modelos analisados foram divididos em diversas categorias. Entre as minivans, as duas versões do Citroën Xsara Picasso (1.6 16V Flex e 2.0 16V a gasolina) foram as mais bem avaliadas, respectivamente com 3,5 e 2,5 estrelas. O hatch médio C4 VTR 2.0 16V ficou com 2,5 estrelas. Entre os compactos, foram avaliados o C3 XTR (3,5 estrelas), C3 1.4 Flex (2,5) e C3 1.6 16V Flex (duas estrelas). A Citroën também obteve bons resultados entre os sedans: o C4 Pallas ficou com 2,5 estrelas, enquanto o C5 2.0 16V obteve duas estrelas. A versão station-wagon do C5 também obteve duas estrelas.

A composição do índice é feita de acordo com o estudo dos seguintes itens: sistema de admissão, sistema de escape, cilindrada do motor, taxa de compressão, alternador, centrais elétricas, sensor de oxigênio (Lambda), sensor de rotação do motor, unidades de controle e embreagem. Para cada um, são realizadas diversas avaliações, que podem ir desde simples obtenções de dados de fábrica a medições e análises feitas pelo próprio Cesvi Brasil.

Para o Cesvi Brasil, estudos como o Índice de Danos de Enchente oferecem ao consumidor mais uma ferramenta técnica para auxiliá-lo no momento de decidir sobre a aquisição de um veículo. “São avaliados os principais componentes que, em caso de contato com a água de enchente, possam comprometer o perfeito funcionamento do veículo e a condução veicular”, informa a entidade.

O Cesvi Brasil alerta ainda para situações nas quais a lâmina de água seja muito alta – nesse caso, a absorção do líquido será inevitável, bem como o risco de danos, independentemente da classificação do veículo no ranking.

Dicas CESVI para salvar o carro de enchentes

A chegada do verão deixa as cidades em alerta para os perigos causados pelos temporais característicos da estação. Muitos motoristas já enfrentaram situações de alagamentos nas vias que resultaram em danos aos veículos, e até mesmo risco à vida. Por isso, o CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária) apresenta, abaixo, dez recomendações para o motorista preservar o veículo em áreas alagadas.

1.   Caso o motor morra durante a travessia, jamais tente dar a partida, mantenha-o desligado e remova o veículo até uma oficina. Diante da possibilidade de admissão de água, essa prática reduz o risco de danos causados ao motor por um calço hidráulico.

2.   Observe a altura do nível de água do trecho alagado, que não pode exceder o centro da roda.

3.   É prudente que o veículo, durante o alagamento, seja dirigido em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante ao motor, em torno de 2.500 RPM, o que diminui a variação do nível da água e seu respingar junto ao motor, dificultando sua admissão indevida e a contaminação de componentes eletroeletrônicos, melhorando a aderência e a dirigibilidade do veículo.

4.   No caso de veículos equipados com transmissão automática, a troca de marchas deve ser feita manualmente, selecionando a posição “1”. Dessa forma, o veículo não desenvolve tanta velocidade, sendo possível imprimir uma rotação maior ao motor. Outra possibilidade é manualmente alternar a troca de marchas entre “N” e “1”, de modo a manter a velocidade do veículo baixa durante o trecho alagado, sem descuidar da rotação do motor, sempre em torno de 2.500 RPM.

5.   Mantenha a calma nos casos em que, durante a travessia, sejam constatados sintomas como o aumento de esforço ao esterçar (direção hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel de instrumentos, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes de anomalia da injeção eletrônica, bateria e ABS (se disponível) acesas, aumento do esforço ao acionar os freios, pois provavelmente todo esse quadro é causado pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as respectivas polias da bomba da direção hidráulica e alternador, sendo, na maioria das vezes, um fato passageiro que não impede a dirigibilidade. Apenas reforce a cautela e mantenha o menor número possível de equipamentos ligados.

6.   É recomendado desligar o ar condicionado, reduzindo assim o risco de calço hidráulico. Essa prática impede que alguns componentes joguem água na tomada de ar do motor.

7.   Para os casos mais sérios de alagamentos, é recomendado preventivamente fazer um check-up, corrigindo, por exemplo, possíveis alterações do sistema de injeção eletrônica, muitas vezes simples e imperceptíveis nessa fase, como maus contatos, mas que posteriormente podem gerar grandes transtornos.

8. Havendo travessias consecutivas de alagamentos, recomenda-se uma limpeza do sistema de ventilação, pois estará sujeito à contaminação por fungos, microorganismos e bactérias, demandando limpeza de todo o sistema para a utilização segura.