Coluna “Andando de Carro” 29.03.2020

McLaren homenageia clássico de corridas nos anos 60

Antônio Fraga | Especial para ACidade ON
29/3/2020
O McLaren Elva by MSO é uma homenagem ao carro de corrida M6A dos anos 1960 (Foto: Divulgação) 

No final da década de 1960, a McLaren desenvolveu um carro de corrida, o M6A, que se tornou um sucesso. Só no ano de 1967, o modelo cor de laranja ganhou cinco corridas consecutivas no difícil campeonato de turismo Canadian-American Challenge Cup (campeonato com provas disputadas pelas principais marcas nos EUA e no Canadá). O bólido utilizava um motor V8 de 5,9 litros que produzia 525 cavalos.

A McLaren agora vai produzir o modelo. Apenas 399 unidades do Elva, carro super esportivo, vão homenagear o M6A. O modelo conta com o número 4, com o qual Bruce McLaren disputava as provas e a sua assinatura na carroceria. O McLaren Elva by MSO terá motor V8, com dois turbos, 4 litros e 804 cavalos. Todos serão cor de laranja e custarão cerca de R$ 9 milhões de reais.

Curiosidade: o único opcional é o pára-brisa fixo. Teto ou vidros nas portas, nem pensar.

Apoio necessário
Numa atitude muito bonita e elogiável, a Volkswagen do Brasil disponibilizou uma frota de cem veículos para utilização das prefeituras de São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos, em São Paulo e, São José dos Pinhais, no Paraná, localidades onde a empresa mantém fábricas, e para o Governo do Estado de São Paulo. O objetivo é, principalmente, apoiar o deslocamento de médicos e enfermeiras, bem como transporte de medicamentos e equipamentos de saúde. Na próxima segunda-feira (30.03), por exemplo, a Prefeitura de Taubaté vai usar os veículos e suprimentos cedidos pela Volkswagen para ir de casa em casa de idosos e fazer a vacinação.

O Fiat 500e será o primeiro carro elétrico da marca italiana à venda no Brasil (Foto: Divulgação) 

De vento em popa
Quem se prepara para “bombar” após esta maldita pandemia, que além de vidas, vai destruir a economia, é a FCA. A marca vai lançar em 2020 o Fiat 500 elétrico, a nova Strada, a picape Dodge Ram 1500 e os Jeep Compass e Renegade Híbridos. Se bem lançados, vão deixar os concessionários muito felizes. Afinal, não vai ser fácil recuperar os prejuízos desta paralisação.

O Fiat Prêmio chegou com design moderno, bom porta-malas e com tecnologia inédita (Foto: Divulgação) 

Marcou uma geração
E por falar em sucesso, a Fiat está comemorando 35 anos de um dos modelos mais importantes da marca italiana: o sedan Prêmio. Surgido em março de 1985 com motor 1,5 litro e apenas duas portas, ele chegou ao mercado com algumas evoluções, como o primeiro “computador” de bordo, que mostrava, num display, médias de consumo e velocidade, além de autonomia. Outro destaque era o porta-malas de 440 litros. Foram comercializados mais de 180 mil unidades no Brasil.

Quebradeira geral
Depois desta longa e necessária quarentena, tirando os grandes grupos, quantas concessionárias vão resistir? O mercado caiu muito nos últimos anos, agora que dava um sinal de uma pequena recuperação, um novo baque nas fabricantes.
As entidades da cada marca e as fabricantes vão ter que achar soluções, pois estão todos no mesmo barco. Se bem que para as fábricas também não está nada fácil.

A primeira motocicleta da Aston Martin tem motor de 180 cavalos (Foto: Divulgação)
A primeira motocicleta da Aston Martin tem motor de 180 cavalos (Foto: Divulgação)
A primeira motocicleta da Aston Martin tem motor de 180 cavalos (Foto: Divulgação)
A primeira motocicleta da Aston Martin tem motor de 180 cavalos (Foto: Divulgação)

Sofisticação inglesa
A Aston Martin, marca inglesa de carros esportivos e de luxo, pretende começar a entregar, no próximo semestre, suas primeiras motocicletas. Serão apenas cem unidades produzidas pela parceira Brough Superior, em Toulouse, França. Assim como os carros, a AMB-001 tem design muito esportivo e motor de de dois cilindros em V, que entrega 180 cavalos de potência.

Excelente notícia
A Ford brasileira vai colaborar com os clientes que financiaram a compra de um veículo pela Ford Credit, contribuindo para que possam atravessar de forma mais tranquila esse período de turbulência causado pelo novo coronavírus. A marca oferece a esses clientes a possibilidade de transferir para o final do contrato até três parcelas do financiamento com vencimento a partir do dia 31 de março.

Para estar apto a essa condição, válida tanto para pessoas físicas como pessoas jurídicas, não é necessário fazer nenhum tipo de comprovação relacionada à saúde ou renda, basta estar em dia com os pagamentos. Os clientes que desejarem aderir devem entrar em contato com a Central de Atendimento da Ford Credit.

Pura diversão
E olha que legal. A Honda Motor Co., sabendo que as pessoas estão confinadas em suas casas em todo o mundo, proporciona um momento de lazer muito bacana. Quem quiser se entreter pode entrar no www.honda.com/collection-hall-gallery e fazer uma visita virtual ao museu da marca em Moteji, no Japão.

O Mobileye é um equipamento que auxilia o motorista a ter mais visibilidade (Foto: Divulgação) 

Terceiro olho
Nos últimos anos, a segurança ativa e passiva dos automóveis evoluiu muito. Principalmente nos carros mais luxuosos. Freios ABS de quinta geração, faróis de xenônio superpotentes que acompanham as curvas na estrada, airbags e side bags para proteção dos ocupantes dos veículos, suspensões mais estáveis e adaptativas, entre outras tecnologias, estão disponíveis em diversos modelos.

Mas apesar de carros mais seguros, a redução de batidas e acidentes com vítimas graves ou fatais não acompanha a evolução da tecnologia. Além de números expressivos no dia a dia a cada 15 minutos, uma pessoa morre em um acidente de trânsito no Brasil em alguns períodos do ano, os acidentes graves chegam até a aumentar, como no Carnaval, que em fevereiro registrou 8% mais mortes em relação ao feriado do ano passado, com 91 vítimas fatais nas estradas federais.

Entre as causas mais comuns de acidentes com morte estão a desatenção do motorista, excesso de velocidade, a ingestão de álcool e a desobediência à sinalização. Uma pesquisa da USP mostra que o motorista, à velocidade constante de 110 km/hora, percebe apenas 10% das sinalizações. A 60 km/hora, já são 60% das placas, sem contar o uso de aplicativos que tiram atenção da sinalização.

A tecnologia, que tanta segurança incorporou aos carros, também ampliou a imprudência e desatenção dos motoristas, que olham os smartphones, lêem conversas de whatsapp e entram nas redes sociais enquanto dirigem, tirando o foco do principal: trânsito e sinalização.

Para auxiliar os motoristas, a novidade, já disponível no Brasil, é o Mobileye: um dispositivo com tecnologia israelense que funciona como um “terceiro olho” na condução de veículos e emite alertas visuais e sonoros. O dispositivo também lê as placas de velocidade máxima, calcula distâncias entre veículos e prevê impactos antecipadamente, atuando como um “salva-vidas” do asfalto.

Por meio de uma câmera instalada no para-brisa do carro, próxima do ponto de apoio do espelho retrovisor interno, o Mobileye consegue identificar formas, veículos e pedestres, além de texturas como marcações de faixa e placas de sinalização de trânsito. Os dados internos e externos são interpretados em milésimos de segundos e o visor do Mobileye emite sinais de alerta ao calcular potenciais riscos, que podem ser: o impacto com outro veículo, o cruzamento de pedestres e ciclistas, ou ainda a saída do motorista das faixas que delimitam o sentido das estradas e rodovias.

Ao receber o alerta, o motorista ganha um tempo de reação, para poder diminuir a velocidade, frear ou desviar do obstáculo. A tecnologia previne 90% das colisões decorrentes de falhas humanas que causam, anualmente, 1,5 milhão de mortes e deixam 50 milhões de feridos em estradas no mundo. Sem contar os custos com seguro e colisões corriqueiras do dia a dia.

A tecnologia para frotas inteligentes é utilizada pelas principais montadoras do mundo, como BMW, Audi, Volkswagen, Volvo, Nissan, Ford, Honda e General Motors, entre outras.

Isenção de imposto de importação
No Brasil, uma resolução de 2018 prevê isenção de imposto de importação para autopeças que não podem ser produzidas pela indústria nacional para instalação diretamente nas fabricantes de veículos. A legislação reduz o custo do dispositivo para as montadoras, mas o consumidor final ainda precisa pagar o equipamento com o imposto de importação embutido, o que dificulta a instalação em larga escala nos carros que circulam pelas ruas. Atualmente, somam cerca de 58 milhões de automóveis. O Mobileye, que custa em média R$ 4 mil para instalação, poderia ter o valor reduzido quase pela metade se a resolução valesse para todos os equipamentos e não apenas para aqueles instalados na fábrica.

Lançada em 1999, a Mobileye, é uma startup israelense que foi adquirida pela Intel por U$ 15,3 bilhões em 2017, uma das maiores aquisições do mercado de tecnologia. A empresa é líder global no desenvolvimento de visão artificial, machine learning, análise de dados, localização e mapeamento de tecnologias para os Sistemas de Assistência Avançada ao Motorista (ADAS) e soluções de condução autônoma.

A tecnologia Mobileye está integrada em mais de 50 milhões de veículos de diferentes modelos nas principais montadoras do mundo e aos sistemas já existentes para gestão de frotas. A Mobileye é líder no desenvolvimento da tecnologia do carro autônomo.

O dispositivo também oferece uma versão direcionada para veículos de grande porte, como ônibus. O Mobileye Shield+ funciona por meio de sensores instalados na parte frontal e em pontos estratégicos do ônibus, cobrindo pontos cegos, e fornecendo avisos para a prevenção de colisões. Ao analisar situações multivariáveis e interagir com os motoristas, por meio de alertas, o sistema calcula ainda a distância mais segura para prevenir impactos.

Para quem tem interesse, o aparelho pode ser adquirido no site da www.fftechbr.com.br.

Vamos economizar
Numa época de vacas magras, economizar é mais do que uma questão de bom senso. A cada novo lançamento, as fabricantes procuram colocar no mercado veículos mais eficientes e econômicos. O objetivo é obter uma boa relação de consumo de combustível e uma taxa de emissão de poluentes cada vez menor.

Embora com todas as tecnologias, cabe ao motorista conseguir números baixos de consumo, já que alguns hábitos diários podem ajudar. Para alertar para esses hábitos e agradar o seu bolso, o Cesvi Brasil Centro de Experimentação e Segurança Viária dá dez dicas muito importantes:

1 Calibre os pneus – Ter a disciplina de calibrar os pneus com a pressão recomendada pelo fabricante melhora a rolagem dos pneus no solo, evitando o desperdício de combustível. Calibre os pneus ainda frios a cada 15 dias.
2 Elimine os pesos extras – Retire objetos desnecessários do interior do veículo e do porta-malas. O objetivo é não levar “peso morto” durante o seu trajeto. As montadoras passam anos desenvolvendo estruturas mais leves, visando à economia de combustível, e esse esforço é inútil quando o carro fica sobrecarregado.
3 Na rotação certa – Utilize rotações adequadas para cada marcha engatada, evitando o alto giro do motor. Na dúvida, o próprio manual informará a marcha mais recomendada para cada velocidade desenvolvida.
4 Nunca use a banguela – Não utilize o ponto-morto com o veículo em movimento, a famosa “banguela”. Quem age assim, além de não poder contar com os recursos de frenagem do freio-motor, acaba consumindo mais combustível. É melhor manter a marcha engrenada e o pé fora do acelerador, principalmente em decidas.
5 Suspensão alinhada – O alinhamento da suspensão é muito importante para evitar o desgaste de pneus, que é outro fator que acarreta um consumo maior de combustível.
6 Catalizador e escapamento – Verifique o estado do sistema de catalisador e escapamento, pois esses elementos podem apresentar desprendimento de seus componentes internos, obstruindo a saída dos gases de escape, o que provoca aumento de temperatura e maior consumo de combustível.
7 Velas e cabos de ignição – O estado das velas e cabos de ignição também é importante. São esses sistemas que garantem a queima do combustível dentro da câmera de combustão.
8 Sistema de arrefecimento – O sistema de arrefecimento do motor merece atenção, pois é dotado de uma válvula chamada “termostática”, que, se apresentar problemas, poderá travar na posição aberta, liberando a total passagem do fluido de arrefecimento para o radiador, fazendo o motor do veículo trabalhar em uma temperatura muito baixa, principalmente em estradas. Quando o sistema de injeção interpreta que o motor está frio, ele envia mais combustível para a queima desnecessariamente.
9 Combustível de qualidade – Verifique ainda a qualidade do combustível que você está colocando dentro do seu automóvel. Combustíveis de má qualidade comprometem o funcionamento do motor e alteram seu consumo.
10 Alivie o pé no acelerador – Durante a condução, evite acelerações bruscas! Elas consomem uma quantidade de combustível muito maior. Dirija com tranquilidade e na velocidade apropriada para cada via.

Mais uma vez, a Competição Baja SAE foi um encontro de estudantes de engenharia mecânica (Foto: Divulgação) 

Competição estudantil
A equipe Baja de Galpão, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc-RS), foi a primeira colocada na 26ª Competição Baja SAE Brasil – Etapa Nacional, encerrada no dia 15 de março, no Parque Tecnológico de São José dos Campos, interior de São Paulo, onde compareceram 64 equipes do total de 78 inscritas. A vice-campeã foi a equipe FEI Baja 1, do Centro Universitário da FEI (SP), e o terceiro lugar no pódio ficou com a Car-Kará Baja, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A quarta colocação foi para a equipe EESC USP Baja, da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo; e o quinto lugar ficou para a equipe Unicamp Baja SAE, da Universidade Estadual de Campinas.

As três primeiras instituições classificadas pela soma geral de pontos na Baja nacional Unisc, FEI e UFRN poderão participar da competição mundial Baja SAE Illinois, promovida nos Estados Unidos pela SAE International de 3 a 6 de junho próximo.

A 26ª Competição Baja SAE BRASIL – Etapa Nacional reconheceu também as melhores equipes por prova e por região:

Melhor Equipe Novata – UnBaja (Universidade de Brasília).
Melhor Equipe Fair Play – Rampage Baja UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora-MG).
Equipe 5S (melhor organização de equipe e box) – UFPR Baja SAE (Universidade Federal do Paraná).
Melhor Relatório de Projeto – 1° lugar equipe FEI BAJA 1 (Centro Universitário da FEI, São Bernardo do Campo-SP); 2° lugar FEI BAJA 2 e Baja UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Melhor Apresentação de Projeto – 1° lugar equipe Mangue Baja 2 (Universidade Federal de Pernambuco); 2° lugar Baja UFMG; 3° lugar EESC USP Baja.
Melhor Projeto Dinâmico – 1° lugar equipe FEI Baja 1; 2°lugar Car-Kará Baja (Universidade Federal do Rio Grande do Norte-RN); 3°lugar Baja UFMG.
Melhor Manobrabilidade – 1° lugar equipe EESC USP Baja (São Carlos-SP); 2°lugar Car-Kará Baja (UFRN); 3° lugar Unicamp Baja SAE (Universidade Estadual de Campinas).
Melhor Aceleração – 1°lugar equipe Cactus Baja (Universidade Federal Rural do Semi-Árido-RN); 2° lugar EESC USP Baja (São Carlos-SP); e 3° lugar Mangue Baja 1 (Universidade Federal de Pernambuco).
Melhor Tração – 1° lugar equipe SamaBaja (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo); 2° lugar Baja Espinhaço (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-MG); 3° lugar Javalis UCDB (Universidade Católica Dom Bosco-MS).
Melhor Retomada – 1° lugar equipe EESC USP Baja (São Carlos-SP); 2º lugar Cactus Baja (Universidade Federal Rural do Semi-Árido-RN); 3° lugar Rampage Baja UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
Melhor Suspensão – 1° lugar equipe Mangue Baja 2 (Universidade Federal de Pernambuco); 2° FEI Baja 1; e 3° Car-Kará Baja SAE (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Melhor Super Prime – 1° lugar equipe Mangue Baja 2 (Universidade Federal de Pernambuco); 2° lugar Mangue Baja 1 (Universidade Federal de Pernambuco); 3° lugar Corisco (Universidade de Pernambuco).
Melhor Enduro – 1° lugar equipe Baja de Galpão UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul); 2° lugar Vitória Baja (Universidade Federal do Espírito Santo-UFES); e 3° lugar Equipe Car-Kará e FEI Baja 1.