A partir deste ano, os carros da Fórmula Indy deixarão de usar motores aspirados. Em seu lugar entrarão motores de 4 e 6 cilindros de até 2,4 litros, todos superalimentados por turbocompressores BorgWarner EFR (Engineered For Racing). A Honda, que desde 2006 era a única fornecedora de motores para a categoria (V8 de 3,5 litros e 650 cv), já anunciou seu motor para a próxima temporada: um V6 biturbo de 2,4 litros, 40% mais barato do que os utilizados neste ano. Em 2012, o fabricante japonês também sofrerá a concorrência de outros dois fabricantes de motores.
Tendo o etanol como combustível, os preparadores dos novos motores poderão optar pelo uso de um ou dois turbocompressores BorgWarner EFR, cada um com dois tamanhos de carcaça de turbina – dependendo do traçado de cada pista. Motores de 2,2 litros também foram desenvolvidos. A linha de turbocompressores BorgWarner EFR foi lançada em novembro de 2010, em Las Vegas, especialmente para repotenciar motores de 200 a 1.000 cv. Para a Fórmula Indy, este turbo foi desenvolvido com rotores de turbina em liga de “titanium aluminide”, mancais de rolamentos com esferas em cerâmica e carcaça da turbina de aço inoxidável.
Inicialmente projetados para tunadores e entusiastas por desempenho, os turbos EFR foram customizados para a categoria mais veloz do automobilismo mundial, utilizando técnicas de redução de peso e carcaças de saída projetadas especificamente para esta utilização. Na próxima temporada da Fórmula Indy, os motores com estes turbos terão potência variando entre 560 e 700 cv, dependendo da preparação de cada um. Ou seja: é o chamado “downsizing” (diminuição dos motores sem perda de potência) também no automobilismo de competição.
A ligação da BorgWarner com a Fórmula Indy começou em 1936, data da criação do Troféu BorgWarner para o ganhador das 500 Milhas de Indianápolis. Feito em prata, ele exibe, em alto relevo, o rosto dos pilotos vencedores. Naquele ano, o americano Louis Meyer foi distinguido com a primeira gravação.