Kia investirá R$ 165 milhões em 2018

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Com o fim do Programa Inovar-Auto e, por consequência, a extinção dos 30 pontos percentuais no IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados e fim da cota de 4.800 unidades/ano sem a sobretaxa, a Kia Motors do Brasil projeta para 2018 a comercialização de 20 mil veículos. Esse volume permitirá à importadora contribuir com recolhimento de impostos da ordem de R$ 1,2 bilhão, 140% mais em relação aos R$ 500 milhões previstos para este ano, e gerar 1.300 novos empregos diretos, acumulando até o final de 2018 algo em torno de 4 mil empregos diretos.

A empresa ainda pretende realizar investimentos próximos a R$ 165 milhões, dos quais R$ 50 milhões na implantação das novas concessionárias, R$ 45 milhões em publicidade e marketing, R$ 30 milhões em softwares e equipamentos, além de R$ 5 milhões destinados à adequação dos estoques de peças originais de reposição para os novos modelos a serem lançados e em treinamento de colaboradores. Também há projeção de R$ 35 milhões de investimentos no centro tecnológico.

“Nossa projeção de vendas para 2017 ainda sob o regime do Inovar-Auto, é de no máximo 8 mil unidades. Com o retorno à normalidade tributária, já compramos, para produção nos meses de outubro a dezembro, 5 mil unidades, do total de 20 mil programadas para 2018. Com isso, a Kia poderá iniciar janeiro com maior volume de veículos em estoque para comercialização, contribuindo, em 2018, com recolhimento de impostos aos cofres públicos da ordem de R$ 1,2 bilhão, e gerar 1.300 novos empregos diretos”, explica José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.

O processo de reestruturação da Kia Motors do Brasil já começou com a nomeação das 10 concessionárias, que iniciam suas operações em janeiro de 2018. Outras 15 estão em fase de prospecção ou negociação com grupos empresariais da cadeia de distribuição, atingindo o planejamento de fechar o ano de 2018 com 115 concessionárias no Brasil. Já iniciamos os treinamentos e, até o final do ano, cerca de 500 consultores técnicos e de vendas da Rede

Autorizada Kia estarão preparados para atender a esta nova realidade. Além disso, foi promovido à Diretoria de Serviços o engenheiro automotivo Gabriel Loureiro, que já está em treinamento na Kia Motors Corporation em Seul.

Na próxima semana, o vice-presidente Dino Arrigoni e o gerente de marketing Gustavo Gandini apresentam, em Dubai, o planejamento estratégico de marketing para 2018 na Conferência Mundial de Marketing da Kia Motors Corporation, onde serão detalhados os investimentos previstos de R$ 45 milhões, inclusive comunicando o patrocínio máster do Jornal da Band, já a partir desta data e ao longo de 2018.

Retrospectiva – A programação da Kia reverte o quadro dos últimos cinco anos, quando a empresa encolheu significativamente, superando as demais importadoras, pois sempre foi a maior do Brasil – e, consequentemente, a mais prejudicada. Em 2011, melhor ano da Kia Motors no Brasil, a importadora chegou a distribuir no atacado 80 mil unidades à rede de autorizada de concessionárias, à época com 180 pontos de atendimento, atingindo faturamento de R$ 5,3 bilhões, com recolhimento de impostos da ordem de R$ 2,65 bilhões e 6.500 empregos diretos.

As projeções para 2017, com 90 concessionários, limitados à cota de 4.800 veículos, indicam comercialização de 8 mil unidades (entre automóveis importados da Coreia do Sul e do México e o utilitário leve Bongo, produzido no Uruguai), com faturamento de R$ 1 bilhão e recolhendo aos cofres públicos algo em torno de R$ 500 milhões em impostos, com 2.700 postos de trabalho.

Os dados mencionados indicam a ordem de grandeza do que o governo deixou de arrecadar com a criação da cota limite de 4.800 veículos/ano ou 400 unidades/mês, sem os 30 pontos extraordinários no IPI, o que quase inviabilizou o negócio de importação de veículos automotores no mercado brasileiro a partir de dezembro de 2011.