Luiz Moan assume a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e, na coletiva de imprensa que marcou a sua posse, afirmou que o setor investirá R$ 60 bilhões entre 2013 e 2017, período de implantação do Inovar-Auto, o novo regime automotivo brasileiro. “De 2008 a 2012, o investimento foi de R$ 7 bilhões por ano, agora serão R$ 12 bilhões”, afirmou. “Do total investido, até R$ 14 bilhões serão em pesquisa e desenvolvimento”, ressaltou ele.
O executivo afirmou ainda que é meta dos fabricantes de veículos atingir até 2016 a marca de 5,5 milhões de veículos produzidos por ano e que, para isso, o mercado interno precisa crescer de 3,8 milhões para até 5 milhões de veículos no período. “O grande desafio é o mercado interno de 5 milhões de unidades. É o mínimo necessário de escala pra sustentar os investimentos que faremos”, afirmou.
Outra meta proposta pelo novo presidente da Anfavea é ampliar as exportações anuais das atuais 420 mil unidades para 1 milhão. “O setor negocia com o governo um programa para ampliar a exportação, uma espécie de Exportar-Auto”, disse Moan. Para combater o câmbio desvalorizado, que reduz a competitividade, o setor, segundo ele, “irá buscar a recuperação dos impostos” incidentes sobre as vendas externas.
Ainda segundo Moan, o setor automotivo aguarda, nos próximos dias, o decreto de regulamentação do Inovar-Auto. “Hoje somos o quarto maior mercado e o sétimo maior produtor. Iremos lutar para ser o quarto maior produtor também, o que irá ocorrer com o Inovar-Auto”, disse. “Quem quiser vender veículos no Brasil, deve produzir no País”, concluiu. Moan substitui a Cledorvino Belini (presidente da Fiat) no comando da Anfavea.