A diversificação dos modelos da Mini é responsável pela ampliação significativa de vendas da marca em todo o mundo. Um desses modelos é o novo Paceman, um Mini anabolizado, com bom espaço interno e que tem capacidade real de levar quatro passageiros. A BMW, fabricante do modelo, define o Paceman como um Sports Activity Coupé (coupê de atividade esportiva), embora não lembre em nada um coupé.
Na parte dianteira, o design segue as linhas do Countryman, outro derivado do Mini, com linhas mais “brutas” e mais retas, e destacando os enormes faróis arredondados e grade exclusiva. Na traseira, lanternas horizontais. Nos demais modelos elas são verticais. Os para-lamas, destacados, abrigam rodas de 18″. São dois tetos solares e só um abre. Uma coisa é verdade, se com o tradicional Mini você não passava despercebido, com este a exibição será muito maior.
Com 4,11 m de comprimento, ele é maior que o Cooper em 40 cm e 12 cm também maior no entre-eixos, que é de 2,59 m. Assim, cresceu o espaço interno e o porta-malas (330 l). No interior, todo em couro, a maior semelhança com o Mini. No centro do painel, um velocímetro gigantesco “denuncia” a velocidade a todos os ocupantes.
O Paceman é muito bem equipado. De série dispõe de controle eletrônico de estabilidade e tração, seis air bags (frente, cortinas laterais e nas laterais dianteiras na altura do tórax). O ar-condicionado é automático e o som de alta qualidade.
Como o Paceman é um modelo relativamente pesado, era de se esperar um carro com saídas e retomadas mais lentas. Porém, é exatamente o contrário. O carro tem um ótimo desempenho. É muito esperto. Isso graças ao bom motor 1.6, turbo, com injeção direta, que disponibiliza 184 cv. A sintonia é perfeita com o câmbio automático de seis marchas, com possibilidade de trocas manuais, usando-se as borboletas atrás do volante. Por ser um modelo com a suspensão mais elevada, esperava-se uma estabilidade prejudicada, como acontece nos modelos tidos como aventureiros. Não é o caso. O Paceman tem boa estabilidade, mesmo em velocidades mais elevadas. Porém, em pisos irregulares, fica barulhento e pula um pouco. Antônio Fraga