Mais caro, o 4Xe vale pela economia, tecnologia e acabamento

Líder de vendas entre os SUVs no mercado brasileiro, o Jeep Compass 4xe é com certeza a versão mais interessante. O primeiro modelo hibrido da Stellantis no mercado nacional, ele chegou no ano passado, custa R$ 350 mil. Portanto, mais caro que o irmão maior, o Commander, que tem capacidade para até sete pessoas, mas tem “só” 185 cavalos e faz uma média, entre cidade e estrada, de pouco mais de 7 quilômetros por litro.


Nesse caso, muito mais inteligente que os veículos somente elétricos, esse híbrido compensa o maior investimento. Por quê?

Além de não ficar dependendo da demora e falta de eletropostos para carregar as baterias, andando com o motor elétrico, pode-se rodar sem gasolina, quase 50 quilômetros e fazer médias superiores a 20 quilômetros por litro.

Milagre

O Jeep Compass 4xe associa o competente motor 1,3 litro turbo de 185 cavalos e torque de 27,5 kgfm instalado no eixo dianteiro com um motor elétrico de 60 cavalos, 24,2 kgfm, no eixo traseiro. Os dois motores geram então 240 cavalos, muito mais que qualquer outro Compass. Os dois motores podem trabalhar juntos ou separados, o que gera a boa potência e a ótima economia. Por isso, o modelo é 4X4.


No painel, há três botões: hybrid, eletric, ou e-save. Assim, o motorista pode selecionar como quer andar. Se comprimir o eletric, vai andar somente com as baterias. Mas, se precisar usar a potência do 4xe, é só acelerar que o motor à combustão entra em atividade.

Já a função e-save é a mais indicada quando se quer usar somente o motor à gasolina, guardando a carga da bateria. É possível ainda programar para que o motor à combustão carregue as baterias, independentemente da regeneração proporcionada pelo acionamento dos freios.

Num bom carregador, as baterias são totalmente carregadas em pouco mais de uma hora e meia. Em casa, numa tomada 220 volts, vão pelo menos 5 horas.

Desempenho

O Compass é bem ágil e suave. O silêncio é outra boa qualidade. O híbrido não tem a preocupação de ser veloz, mas mesmo assim atinge a velocidade máxima de 206 quilômetros por hora e acelera de 0 a 100 em 6,8 segundos. Apenas um quilômetro por hora a menos que a versão flex. Apenas com o motor elétrico, é possível alcançar 130 quilômetros por hora.


Mas está na economia a maior atração do 4xe. Em todas as avaliações, o modelo surpreendeu, alcançando uma média de 24,9 quilômetros por litro na cidade e 24,1 na estrada.

A transmissão automática de seis velocidades, exatamente a mesma dos modelos nacionais, foi recalibrada para trabalhar com as novas motorizações e é muito eficiente.

Acabamento

O acabamento é ótimo e confortável. Utilizando couro, aço escovado e plásticos de excelente qualidade, o interior é bastante agradável e acomoda muito bem até cinco passageiros. Mas, como em todos os veículos, o ideal são quatro. Esses não vão ter do que reclamar.

Como em quase todos os projetos vindo de fora, o modelo que começa a ser produzido no Brasil perde qualidade visando economia de produção. Importado da Itália, o Compass 4xe tem o mesmo acabamento dos modelos produzidos na fábrica de Goiana, em Pernambuco.


Importado em versão única, a “S”, é muito bem equipado e conta com ar-condicionado digital de duas zonas, teto solar panorâmico, bancos de couro com ajustes elétricos, quadro de instrumentos digital, alertas de ponto cego e saída de faixa, frenagem automática de emergência e câmeras 360°. O som é Alpine com oito alto-falantes. O assistente Advance Intelligence foi atualizado e tem funções específicas para o modelo híbrido.

Destaque também para as rodas de 19 polegadas com pintura preta diamantada. Chique.