A temporada 2013 da Fórmula Indy começou de forma bastante positiva. Ao contrário do ano anterior, quando abandonou a prova de abertura em St. Petersburg, neste ano a história foi diferente: um quarto lugar, bem próximo do pódio, beneficiando-se, curiosamente, pelos problemas da companheira Simona de Silvestro, que era a terceira até a penúltima volta.
O início de ano com os dois carros da KV apresentando um alto rendimento enche Kanaan de expectativa para as próximas etapas: Barber (7/4), Long Beach (21/4) e a Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, que acontece em cinco de maio no Circuito do Anhembi. “É muito bom ter um início de campeonato, claro. Tive poucos deles nos últimos anos. Três anos atrás, terminei em terceiro e Simona em quarto. Tivemos algumas falhas no ano passado, e todos os olhos estão sobre nós neste ano. Como equipe, fizemos um grande trabalho e poderíamos ter ido melhor ainda. Queremos vencer corridas e colocar os dois carros no pódio. Mesmo assim, foi um bom fim de semana.”
Com a quarta posição, inclusive, Kanaan empatou com o compatriota Helio Castroneves e o lendário piloto norte-americano Gordon Johncock na décima posição no número de chegadas entre os cinco melhores de todos os tempos (107), tendo como próximo “alvo” o chefe de equipe, Jimmy Vasser, nono na lista. “Não estive por aí todo esse tempo por sorte. Claro, me sinto ótimo. Não estou nem um pouco perto de aposentar e fazer parte deste livro de recordes é prova de que vocês faz parte da história e fez bem em sua carreira. Não sabia dessa estatística de “top 5″, isso é demais. Não conto muito isso. Mas tentar superar Jimmy Vasser em largadas consecutivas será ótimo. Acho que será perto de Baltimore. Por sorte, ele é meu chefe e me deixará superá-lo. Não acredito que ele me deixará fora de correr por isso.”
Como “estímulo extra” para atingir esta marca, antes de entrar no “top 5”, Tony se vê na obrigação de superar a companheira De Silvestro, e vê nesta relação o mesmo envolvimento que ele, quando jovem, tinha com nomes como Alex Zanardi e Dario Franchitti. “A Simona trouxe energia e luz para a equipe e gosto de trabalhar com ela. Não tenho problemas em ensiná-la o que puder. Gosto de ver esta jovem menina que quer ir bem, pois esta é a oportunidade dela. E ela me leva até o limite, pois, admito, ela é extremamente rápida. E disse isso antes de ela ser minha companheira, então não estou buscando desculpas”, analisa.
“Para mim é bom. Aprendi minha carreira toda e tive companheiros difíceis, como Alex Zanardi, Dario Franchitti, Ryan Hunter-Reay, pessoas que são extremamente boas e digo que é bom ser superado algumas vezes, pois é assim que a gente aprende. Se conseguirmos, a Simona e eu, trabalhar juntos para fazer a KV ter sucesso, este será nosso segredo. Ela vai me superar algumas vezes e eu vou bater ela em outros momentos, e não vamos gostar disso, mas teremos calma e se conseguirmos usar isso para nosso benefício, seria ótimo”
É desta forma, com a moral lá em cima, que Kanaan, De Silvestro e a KV vão para Barber, no Alabama, para a segunda etapa da temporada, que acontece neste domingo, mas sem apontar favoritos. “Não vejo nós nem ninguém como favoritos em Barber, mesmo tendo a oportunidade de ter treinado lá. Isso, na verdade, deixará o grid mais apertado, pois todos tiveram dois dias de testes. Acho que a corrida será realmente empolgante. No ano passado, testemunhamos muitas ultrapassagens e ação. Não espero nada de diferente”, completa Tony.