Coluna 3616 31.Agosto.2016
Novidades Turbo: Tiguan 1,4 e Golf 1,0
Volkswagen abre leque de produtos visando ascender em vendas e no mercado, deixando a, para ela, insólita 3ª posição. Terá três novas versões Flex: Golf 1,0; Tiguan 1,4; Golf Variant 1,4 de sua boa avalista, a fórmula TSI de motores pequenos, turbo, injeção direta de combustível, líder de vendas na família up!. Deve adotar a calibragem alemã + flex, podendo gerar 120 cv de potência, e mais de 20 m-kgf em torque.
Foca reduzir preços. Pequeno percentual no Golf, pelo menor custo do motor, e pela reclassificação tributária recolhendo percentual menor em IPI, e seu efeito cascata de impostos calculados uns sobre os outros. O Golf TSI 1,0 recolherá 7% de IPI ante 11% com motor 1,4.
No caso Tiguan espera-se redução maior por presumida contração em conteúdo, acessórios e equipamentos, incluindo a supressão da opção de tração nas rodas traseiras, reduzindo-o a 4×2. Deve manter itens de segurança, como as 6 almofadas de ar; sistema de arrancada em subidas; controles de tração e estabilidade; e, versão simples, estofamento em tecido. Sem redução nos impostos: veículos com motor 1,4 ou 2,0 pagam idênticos 11% de IPI.
Preço final estimado em R$ 110.000. Conta fácil. Na Alemanha, de onde será importado -, 1,4 TSI custa 70% da 2,0 TSI.
Variant Golf, com o mesmo conjunto mecânico do Tiguan, motor 1,4 litro, 150 cv; 25,5 m.kgf de torque; transmissão automática de seis velocidades, ocupará, solitária, o mercado de station wagon, camionetes, peruas, no país. A decisão do uso da transmissão automática dita Tiptronic em lugar da mecânica de dupla embreagem DSG com sete velocidades, tem base técnica-mercadológica – a VW não quer clientes com dores de cabeça, como ocorre com usuários de Fords com a problemática transmissão PowerShift.
Variant manter-se-á importada do México e sucesso de vendas estará atrelado à trinca exclusividade; conteúdo; preço. Trinca TSI chega fim de setembro.
Golf Variant 1,4 TSI Flex. Sucesso dependerá do preço
Roda-a-Roda
Proposta Alfa Giulia picape
Pode ? – X-Tomi, designer húngaro hábil em propostas inusitadas como picapes Audi e Rolls-Royce, estendeu-a ao Alfa Romeo Giulia em mecânica poderosa, 2,9 litros, bi turbo, 510 cv.
Já vi – No Brasil não seria novidade para a marca. Início dos anos ’70, Alfredo Migani, revendedor carioca, mandou o mago petropolitano Renato Peixoto transformar sedãs FNM 2150, licença Alfa Romeo, em picapes para atender, onde estivessem, aos novos caminhões Fiat.
Picape FNM 2150 Migani by Peixotinho
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Multi – Louvado por sua versatilidade, Mercedes Unimog exibiu novas aplicações: versão ferroviária, apta a tracionar até 1.000 t (!) em trabalhos de reparos em estradas de ferro, e plataforma com grua. Imbatíveis em preço e operação em tais serviços brutos realizados por locomotivas.
Unimog ferroviário
Tecnologia – Nem cinco, nem seis, sete, oito ou nove marchas, como existem hoje, dependendo de produto, marca ou mercado. Honda melhorou tecnologia de duas embreagens e aumento do número de engrenagens no câmbio. Patenteou no Japão caixa com três conjuntos de embreagem e 11 marchas.
E ? – Meta não é induzir velocidade. Com tantas combinações levando o movimento do motor às rodas, terá ganhos de aceleração e consumo, podendo reduzir tamanho e peso do motor, sem comprometer rendimento.
Quam multis ? – Até quantas? indagariam pilotos de bigas na Roma antiga. Limite depende de custos ante caixas CVT de polias variáveis, e as automáticas.
Importância – Para lembrar, moto Suzuki, motor de baíxissima cilindrada, obteve resultado fantástico na década de ’70: 220 km/h. Segredo? conjunto e caixa com 16 (!) marchas.
Novo Lincoln, ganhos gerais
Refinamento – Ford lançou novos Lincoln, topo em luxo, refinamentos mecânicos e conteúdo, aplicando vigor à qualidade. Resultado, última pesquisa de satisfação do consumidor o tem líder, com 87 pontos em 100. Subiu cinco relativamente à série anterior frente a Honda, Toyota e BMW.
Chegando – Fiat em derradeiras providências para apresentar Uno 2017 em setembro. Como a Coluna decupou, dois motores novos, de 3 e 4 cilindros; 1,0 e 1,3, ênfase no torque, maior conteúdo. Marca quer deslocá-lo da linha inferior do mercado, para urbano Mobi ocupar tal espaço.
Mais um – BMW iniciou montagem nacional do modelo X4, misto de automóvel, crossover e SAC – Sports Activity Coupé, motor quatro cilindros, 2,0 litros, 245 cv. Volume previsto para 2016 inverso ao preço: 45 unidades, R$ 299.950, topo dentre fabricados/montados no país. Quinto da marca fábrica de Araquari, SC.
Na veia – Toyota aplicou-se, montou pista de 9.600m2 a interessados testar seus produtos na Expointer, Esteio, RS, até set.4: versões Flex de picape Hilux, SUV SW4, Corolla e Etios. Crê vender 100 unidades no evento.
Classinovidades – Harley-Davidson apresentou nos EUA novos motores. Mantém a arquitetura mecânica com dois cilindros em V a 45 graus e som; reduziu vibração primária em 75%; obteve melhores respostas; e as rotula como as HD mais confortáveis. Motores são os Milwakee-Eight 107 e 114. Eight indica sua oitava geração. H-D no Brasil não sabe quando virão.
Merchandising – Assumiu mídia corajosa: novela das 18h na Rede Globo. Colocou 7 motos na história, envolvendo oficinas H-D. Merchandising Global é caro. Tanto, após duas décadas, Kia saiu da novela das 21h.
Objetivo – Para vender, vale tudo, incluindo adaptar o produto para mercados com outras exigências. Caso da MAN Latin America exportando 10 chassis de ônibus para Moçambique. Mudanças ? Volante do lado direito, chassi e direção reforçados, maior capacidade de carga sobre os eixos para fazer diferença.
Avanço – Tratores, sempre vistos como máquinas brutas, surpreendem quando se informa terem grande aporte de tecnologia. Fabricante Valtra indica novas capacidades para seus modelos.
Tecnologia – Piloto automático evitando sair da trilha; monitoramento externo
do trabalho, enviando mensagem de texto a celular se o equipamento sair das especificações da tarefa; mapeamento da produtividade; capacidade de transmitir dados a dispositivo móvel de agrônomos ou chefes de colheita.
Mais – CNH, marca Fiat, exibiu ponto superior no Farm Progress Show, EUA: trator autônomo, sem operador. Base mecânica nos modelos Magnum, da Case IH, e T8 New Holland, marcas do grupo, operação ultra precisa se faz por telemática e GPS via computador ou tablet. Design mudou, dispensando cabine.
Mais – Levorin, empresa familiar de pneus para motocicletas e bicicletas, com fábricas em Guarulhos, SP e Manaus, AM, adquirida pela Michelin. Expansão, complementariedade de partes, e sinergias em pneus para este segmento, e rapidez para ter clientes de motos de alta performance. Aguarda aval do CADE.
Menos – Crise não é ruim para todos. Para quem capitalizado, hora de adquirir empresas menores, como no caso. A cada dia se reduzem as nacionais ligadas ao segmento de fornecedores no setor de transporte.
Igual – Heliar em 85º aniversário coloca no mercado de reposição baterias idênticas às fornecidas às montadoras. Garante por 18 meses maior resistência à corrosão, forte corrente para arranque a frio. Tem cor preta, como nos O Km. Curioso, suas baterias com caixa branca tem garantia de 24 meses.
Festa – Fábrica de pneus e câmaras de ar para bicicletas, motos, carroças, gaúcha Rinaldi comemora 47 anos com vendas ao Mercosul, Europa, e EUA.
Na parede Certificados de Gestão de Qualidade ISO 9001:2008 e de Destruição Térmica de todos resíduos por cimenteira para gerar energia.
Negócio – Atraído pelos negócios com veículos o poderoso portal Amazon criou óbvio www.amazonvehicles.com. Quer entrar na área de anúncios para vendas de veículos e partes, novos e antigos.
A jato – Audi realiza ação no Estacionamento VIP do Aeroporto de Congonhas, SAO, SP: revisões pós venda – garantia e previstas por km – durante viagem do cliente. Operação pela revenda Eurobike, das 6 às 23h. A fim? 0800 077 7000.
Já vi – Final anos ’90, Robson Romagnolli, da Audi, foi co optado pela Fiat para empurrar vendas dos automóveis Alfa Romeo. Uma das promoções para valorizar a propriedade da marca era estacionamento grátis no mesmo aeroporto, e lavagem grátis. Outra, baixar em 30% os preços de peças e mão de obra.
Expectativa – Revenda Plaza Honda em Brasília projeta, entre nacionais e importados, 200 lançamentos no exercício, e seu diretor João Batista entende, investir na promoção aquece mercado. Honda inova em test-drive para novo Civic: óculos de realidade virtual permitem ângulo de 360 graus.
Justiça – Dono de Kombi Last Edition ganhou processo contra a Volkswagen. Alegou ter comprado o carro, anunciado em série final de 600 unidades, mas desvalorizada pelo aumento de produção a 1.200. Justiça reconheceu o prejuízo: condenou VW devolver o valor recebido mais correções, ter a Kombi de volta.
Gente – Antoine Gaston-Breton, francês, 40, promoção. Diretor de Marketing na Peugeot. Íntimo da marca há 23 anos, e com América do Sul: foi chefe de produto da Peugeot Argentina. Lugar deixado por Frederico Battaglia, elevado a Diretor Comercial. Peugeot em interessante situação no mercado: mantém-se, sem participar dos 24% de queda geral das vendas; os artífices de sua nova postura mercadológica já deixaram a empresa. Carlos Zarlenga, argentino, 42, financista, promovido. Novo presidente da GM no Brasil, substituindo Santiago Chamorro. Era presidente da GM Argentina, suprindo saída da brasileira Isela Costatini, desafiada pelo governo Macri a salvar a Aerolineas Argentinas. Acumulava o cargo com a chefia geral de finanças para a América do Sul. Chamorro deixa na GM liderança de vendas e tema para trabalho universitário: jornalista especializado atrapalha vendas. Fez enorme contração no relacionamento entre GM e profissionais do ramo.
A mágica chamada TSI
Volkswagen expandirá sua relação de produtos com versões baseadas na tecnologia turbo com injeção direta de combustível. Tal adição oferece ótimos resultados: aos clientes aumenta a satisfação no dirigir; à sociedade reduz o consumo de combustível e a redução de emissões; ao governo auxilia cumprir as metas do programa Inovar Auto.
Uso de turbina auxiliar é tecnologia secular, constituindo-se, a grosso modo, em captar ar na atmosfera, insuflando-o no motor, forçando formar o gás explosivo gerador de potência. Em termos de automóvel, sempre foi identificado com aumento de potência, de capacidade de aceleração, de velocidade – e também de funcionamento manhoso, pelo aumento de consumo, pela menor vida útil. A Volkswagen vivenciou isto quando produziu, pioneiramente no Brasil, o primeiro motor 1.0 turbo. Tinha a proposta e os inconvenientes da esportividade.
A nova geração de motores turbo tem outro foco, reduzir peso e volume, sem perder rendimento. A eletrônica permitiu juntar várias tecnologias, como a injeção de combustível diretamente sobre a cabeça dos pistões; o uso do turbo gerando resultados desde as rotações mais baixas. Resultado, a disposição do veículo surge desde as baixas velocidades, recebendo torque com galhardia – o que lhe interessa nas situações do dia-a-dia.
A combinação criada pela Volkswagen no pequeno motor 1,0 de três cilindros, e no 1,4 com quatro, oferece resultados com brilho: performance e economia, gerando consequências: o up! 1,0 TSI, com turbo e injeção, iniciou re orientar a clientela: não mais os à procura de maior velocidade máxima, mas os interessados em maior prazer no dirigir. A mudança conceitual e a nova óptica ao consumidor alteraram o mercado: hoje, dentre as vendas do up! quase metade é com opção turbo, pois anda como um carro 1,8 e gasta como se fosse 0,9. O turbo deixou a posição de nicho e passou à de opção.
up! TSI abriu caminho do motor pequeno e esperto