A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) informou que os dados de emplacamento de automóveis importados em abril registrou queda de 6,9% (11.097 unidades) em relação ao mesmo mês de 2012 (11.917). Com o fechamento do 1º quadrimestre do ano, a entidade acumula queda de 25,5% (com 35.314 unidades em 2013 ante os 47.377 do mesmo período de 2012).
O mercado interno ― emplacamento total de automóveis no Brasil ―, por sua vez, registrou crescimento de 29,3% em abril ante o mesmo período do ano passado. Foram registradas 316.705 unidades emplacadas contra 244.856 em abril de 2012. No acumulado, o mercado total assinala crescimento de 8,5%: 1.104.4013 unidades contra 1.017.542 unidades.
Os emplacamentos realizados por associadas à Abeiva em abril, de 11.097 unidades, apresentaram crescimento de 36% se comparados com o mês de março último (8.161 unidades). “Porém, esta comparação fica muito prejudicada porque as vendas em março foram muito fracas e significaram umponto “fora da curva”. Ou seja, em abril houve uma recuperação ante ao fraco desempenho de março”, argumenta Flavio Padovan, presidente da Abeiva.
“Se analisarmos somente o comportamento dos dados de emplacamentos de veículos importados, em abril a participação das associadas à Abeiva voltou a subir. Foi para 16,1%, enquanto os importados pela Anfavea caíram para 83,4%”, informa Padovan, que acredita que o market share dos importados da Abeiva tem sido favorável em função do esgotamento temporário das cotas do México, o que reduziu o volume de vendas dos importados das montadoras.
De qualquer maneira, na avaliação de Padovan, “é importante ressaltar que a participação dos importados pela Abeiva sobre o total do mercado brasileiro estacionou na casa de 3%, um patamar extremamente baixo. No mês de abril, a nossa participação ficou em 3,5% e no quadrimestre de 3,2%. Esses percentuais mostram claramente as consequências danosas do diferencial de 30 pontos a mais no IPI para os carros importados, mesmo considerando as cotas que isentam parcialmente o aumento do imposto”.
“A permanecer com esse quadro, no final do primeiro semestre deveremos revisar a nossa projeção de vendas para este ano, que até agora estamos mantendo em 150 mil unidades. Torcemos para que os próximos meses tragam resultados bem melhores, seguindo a recuperação verificada no mês de abril e, com isso, possamos confirmar a projeção de 150 mil unidades”, disse Padovan.