Motor elétrico vai equipar caminhões

No próximo ano, a Cummins deverá trazer para o Brasil o protótipo de um motor elétrico desenvolvido nos Estados Unidos. E o Euro 6 deve chegar na virada da década. Quem faz essas afirmações é o vice-presidente da fábrica, Luís Pasquotto. “Estamos preparados em termos tecnológicos para oferecer a melhor solução aos clientes e no tempo certo para maximizar seus negócios, seja em aplicação de motor a diesel, aplicação de motor a gás, seja em trem de força ou elétrico”, afirma.

Questionado se um programa de renovação da frota brasileira não seria mais benéfico para o meio ambiente que a implantação do Euro 6, ele responde: “Temos o Euro 6 fora do Brasil. Precisamos fazer sua tropicalização .“ Pasquotto diz que a tecnologia já presente na Europa trará benefícios para o meio ambiente e que deve ser introduzida no Brasil na virada da década, em mais ou menos três anos.

O vice-presidente acredita que deve haver um conjunto de medidas aplicadas paralelamente em benefício do meio ambiente: Euro 6, renovação da frota e inspeção veicular. E cobra do Estado investimentos em infraestrutura. “Não adianta termos esses veículos que emitem pouco se eles ficarem parados em engarrafamentos longos que acabam queimando mais combustível e emitindo mais CO2, anulando o benefício”, argumenta.

Pasquotto também defende a aplicação de punições mais severas para quem trafega com veículos Euro5 sem arla ou que usa essa substância adulterada.

TREM DE FORÇA

Para o vice-presidente da Cummins, que vai produzir um turbo para Scania, a parceria com montadoras que têm seus próprios motores é uma coisa natural. “Às vezes, a gente se encaixa na linha inteira. Às vezes, só naqueles produtos onde, por alguma razão, a montadora não pode desenvolver seu próprio motor”, afirma. Ele cita como exemplos momentos em que a montadora tem indisponibilidade de capital, engenheiros ou laboratórios para o desenvolvimento de um determinado motor. “Quando acontece isso, a gente se encaixa. E o cliente sabe que temos um produto avançando tecnologicamente, avançado ambientalmente e que traz economia e produtividade”, afirma.

Pasquotto diz ainda que a Cummins gradativamente foi se transformando de fábrica de motores para fábrica de trem de força. “Com a joint venture com a Eaton, estamos desenvolvendo pacotes para dar soluções completas para nossos clientes”, argumenta. Segundo ele, a integração do motor com a transmissão traz agilidade e redução de custos.

CUMMINS