Audi Q7: Um utilitário esportivo de luxo à toda prova

No Salão de Frankfurt, em 2005, surgia o primeiro utilitário esportivo da alemã Audi. Os utilitários esportivos foram responsáveis pelos bons números de vários grandes fabricantes de carros de luxo, como Mercedes Benz, com o ML, BMW com o X5 e X3, Volkswagen com o Touareg e Tiguan, Volvo XC90, Range Rover e a mais destacada no quesito importância do segmento, a Porsche, que até ao lançamento do Cayenne enfrentava sérios problemas financeiros e hoje, se dá ao luxo de comprar ações da sua associada Volkswagen.

O utilitário esportivo de luxo e alto desempenho, o Porsche Cayenne, é responsável por mais de 50% de toda a produção da marca. Alias, o Audi Q7, Porsche Cayenne e Volkswagen Touareg são irmãos de um mesmo projeto, Por sinal, mais que vencedor e salvador das pátrias de cada uma das marcas. Vendido no Brasil desde o ano passado, o Q7 tem duas opções de configuração, com, 5 e 7 lugares.

Avaliada pelo DCarro é a de cinco lugares e motor V8 de 4,2 litros. Do projeto original, cada uma das três marcas alemãs fizeram suas derivações e projetos finais. A Audi a ultima a entrar no mercado, optou por mais espaço, muito luxo (não que os outros não o sejam, mas o Q7 supera neste quesito) e o único dos três com opção de sete lugares, que diga-se de passagem, faz muito mais sentido. Afinal, ter um carro com essas dimensões e levar a mesma quantidade de gente perde um pouco do sentido.

Mas tem gosto pra todos os narizes. Com mais de cinco metros de comprimento e impressionantes três de entre-eixos, O Audi Q7 tem design moderno e elegante, apesar do jeito abrutalhado. A frente tem na sua grade dianteira o maior destaque, marca que já registra a presença de um Audi e faróis autodirecionais de xenônio e capô longos. Apesar de grandão, o Q7 tem um excelente coeficiente aerodinâmico, de apenas 0,34CX. A traseira semelhante aos demais irmãos tem um detalhe interessante e muito importante, É que as lanternas sobem quando a tampa do porta-malas, com abertura elétrica, é erguida e passam a luzes para as lanternas no pára-choques. Ou seja, quando se abre a tampa, os motoristas ficam com visão do carro parado. Assim, se o motorista está trocando um pneu, por exemplo, com a tampa traseira levantada, à noite, continua sendo visualizado. É um destaque muito importante e seguro.

Como já é típico dos carros da marca alemã, o interior é muito luxuoso, agradável e com muita tecnologia. Os bancos de couro com regulagens elétricas, são excelentes e abrigam o motorista e demais passageiros com muito carinho e cortesia. Os instrumentos do painel são tradicionais, com boa visualização e informações completas para dar tranqüilidade ao motorista. O banco traseiro tem espaço de sobra e ainda tem ajuste longitudinal e pode ser rebatido para ampliar o porta-malas para incríveis 2.035 litros. Na sua posição normal, o porta-malas tem capacidade de 775 litros, a maior de seu segmento. Como nos demais modelos sedans, o Q7 conta com a tecnologia embarcada de ultima geração, comandada por uma central denominada de MMI- Multi Media Interface.

Através de um botão no console central, o motorista tem o controle total do carro, opções de regulagens de suspensão, do sistema de som e até da temperatura e pressão dos pneus, entre outras centenas de opções. O ar condicionado digital e eletrônico tem saídas independentes para os passageiros dos bancos dianteiros e traseiros. O volante, também com regulagem elétrica, tem o tamanho correto, excelente “pega” e diversos controles no centro. O Audi Q7 é realmente um carro diferenciado em termos de tecnologia embarcada.

Entre os destaques, o modelo avisa se o motorista deu seta para a esquerda e tem algum veiculo do lado que, por algum motivo, possa estar fora do ângulo de visualização de quem está dirigindo. Tem câmera na traseira que é projetado na tela de LCD no console central e que auxilia o motorista em estacionamentos, inclusive com um tracejado mostrando o caminho mais correto para o motorista dar ré, E o máximo, uma exclusividade da marca, em caso de uma situação de risco, como uma colisão dianteira, com uma distancia de até 180 metros, o carro avisa por sistemas sonoros o motorista do risco e caso não seja “atendido”, os freios entram em ação, primeiro com um solavanco para alertar o motorista que está fazendo alguma besteira e que ele está lá. O Q7 conta com oito airbags, ou seja, as bolsas de ar envolvem todo o compartimento dos passageiros.

Acelerando

O motor V8 de 4,2 litros “fala” alto quando exigido. Moderno e de boa construção, o motor é praticamente o mesmo do Touareg, ficando para o modelo da Audi o sistema de injeção direta, que aceita uma taxa de compressão maior, 12,5:1, o que aumenta em até quarenta cavalos a sua potencia, gerando 350 cavalos e um torque de 44,9 m.kgf.

Acelerando o carro é uma delicia e responde muito bem às pressões no acelerador, mesmo pesando 2.240 quilos. Em qualquer situação, o motorista sente que está no comando, tanto para acelerar, como para parar, como para fazer curvas. O Audi Q7 acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos e atinge a máxima de 248 quilômetros por hora. O câmbio é de seis marchas automático com triptronic com trocas manuais no volante.

A parceria do câmbio com o motor, proporciona a boa agilidade e respostas do modelo. A estabilidade do modelo é muito boa, ainda mais se levando em conta o tamanho, o peso e a altura do solo. Passa tranqüilidade. Alguns pontos fazem desse quesito, um dos destaques do modelo. Um dos destaques é a tração Quattro, que desde os anos oitenta é um dos atributos de tecnologia da marca, com diferencial central autobloqueante e sensível ao torque, suspensão pneumática a ar e com altura regulável, que pode ser comandada pelo motorista na central MMI, e tem braços, subchassis e estabilizadores de alumínio e pneus 275/45-20.

Os freios, a disco nas quatro rodas, também têm funções compatíveis com a proposta do modelo. Um sistema eletrônico em declives íngremes e em baixa velocidade, faz com que os freios se encarregam de conter a velocidade, ficando o motorista liberado de pisar no pedal.