Na última terça-feira, 13, o time de viajantes da Honda concluiu uma jornada de 17 dias e mais de sete mil quilômetros, cruzando todo o continente sul-americano de leste a oeste. A viagem organizada pelo portal ECOInforme, nomeada de “Pro Outro lado da América”, teve como ponto de partida a cidade de Paraty (RJ) com destino ao litoral pacífico em Lima, no Peru. Foram três SUVs WR-V e duas maxi-scooters X-ADV da Honda, percorrendo quatro países, enfrentando as mais diversas condições climáticas e visitando lugares cênicos do continente durante o trajeto.
A equipe era composta de 14 pessoas, incluindo o navegador Amyr Klink e o jornalista responsável pelo portal Joel Leite, e contou com a participação da influencer Flávia Vitorino e profissionais de foto, filmagem, produção e logística. A condução das maxi-scooters ficou por conta dos experientes: Líbera Costabeber, piloto de enduro desde seus 14 anos, e uma das organizadoras da categoria feminina do Rally dos Sertões; e Marcelo Leite, engenheiro e motociclista, experiente em viagens em mais de 80 países.
Experiências únicas
Cruzando estradas que variavam do asfalto para a terra, indo para o cascalho e até o sal – esse coberto com uma fina lâmina de água – os veículos da Honda cruzaram os quatro países (Brasil, Bolívia, Chile e Peru) sem apresentar nenhum tipo de problema. Os veículos enfrentaram altitudes superiores a 4.000 metros e um clima extremamente diverso, com temperaturas que variaram dos 12 graus negativos aos 30 graus positivos, demonstrando a confiabilidade dos veículos em diferentes condições de rodagem.
Ainda no Brasil, no quarto dia de viagem, o time pode conhecer os encantos e belezas do Pantanal Mato-grossense, considerado pela Unesco um Patrimônio Natural Mundial. Neste começo da jornada, os veículos já haviam enfrentado asfaltos de diferentes texturas e pisos arenosos e com pedras. E, até um jacaré, que se aventurou na frente da X-ADV de Líbera, próximo da chegada de Corumbá.
Já na Bolívia, os veículos enfrentaram outro desafio: a mudança de temperatura e de altitude, bem como estradas precárias para chegar até o imenso deserto de sal, o Salar de Uyuni, um dos pontos altos da viagem, onde a equipe passou três dias.
Para Joel Leite, a experiência no Salar foi além do visual: “Eu esperava que a gente ia encontrar um piso escorregadio, meio ensaboado. Mas ao contrário: é duro, áspero, com bastante aderência. Muito gostoso de dirigir. Uma experiência única para quem gosta de acelerar”. Amyr reforça: “É uma experiência que eu recomendo para todo mundo que não quer ficar sentado no sofá. Eu nunca estive em um lugar tão especial na minha vida”. E ainda observa algo muito interessante: “Mas o legal mesmo foi ver que os únicos carros 4×2 em toda a extensão do salar em nossa visita eram os nossos WR-V”.
Nas maxi-scooters, o frio no Salar de Uyuni foi desafio para os pilotos, que, em alguns momentos, tiveram que se abrigar dentro do WR-V para recuperar a temperatura e prosseguir viagem. A altitude elevada e o clima seco em partes do trajeto desafiaram todos os participantes.
No primeiro dia no emblemático deserto do Atacama, no Chile, os veículos subiram além dos 4.100 metros por uma estrada para 4×4 nenhum botar defeito. O WR-V e a X-ADV se comportaram de maneira perfeita.
Ainda no Chile, a equipe descobriu a cidade de Quilagua, que tem um dos menores índices pluviométricos do mundo, com chuvas apenas duas vezes ao ano. Após uma noite aos 4.800 metros, em San Pedro do Atacama, a equipe seguiu para Iquique, cidade costeira, nível do mar. A temperatura disparou: das negativas para 27 graus, em um dia por uma estrada monótona e cheia de atrações.
Já no Peru, a rodovia Pan-Americana, margeando o Oceano Pacífico, foi um dos principais cenários. Antes da bandeirada final em Lima, vale destacar a beleza do rio Ocoña e de seu vale forrado de plantações improváveis em um lugar tão seco; a cidade de Ilo, que tem o maior porto pesqueiro do país; e a reserva nacional de Paracas, também em território peruano.
“Nós queríamos ter chegado em Lima com todos os veículos em seu ´estado natural´, ou seja, empoeirados, sujos. Mas não foi possível. O sal de Uyuni ficou impregnado demais, e exigiu uma limpeza detalhada para não comprometer os veículos no restante do percurso”, enfatizou Joel Leite. “De resto, tudo correu bem e como planejado. Conseguimos mostrar que uma viagem incrível como esta pode ser realizada com carros e motos comuns, sem preparos adicionais”.